Ibovespa quebra série de perdas e sobe com bancos e Petrobras antes de vencimentos
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O tom positivo prevaleceu na Bovespa nesta terça-feira, com a recuperação de Wall Street ajudando a quebrar uma série de três sessões de perdas, na véspera do vencimento dos contratos de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro.
O principal índice da Bovespa subiu 1,06 por cento, a 53.702 pontos, ajudado principalmente pelo avanço das ações de bancos e da Petrobras.
O volume financeiro da sessão somou 6,9 bilhões de reais.
Wall Street fechou no azul, com o noticiário de fusões e aquisições amparando ganhos em papéis de consumo e saúde e ofuscando temores sobre a Grécia, antes do término da reunião do Federal Reserve na quarta-feira.
De acordo com profissionais do mercado, a sessão também foi influenciada por operações atreladas ao vencimento das opções de índice, as rolagens dos contratos reduzindo a liquidez no pregão e corroborando a alta, em meio ao quadro externo mais positivo.
DESTAQUES
ITAÚ UNIBANCO saltou 3,54 por cento. Em nota a clientes logo cedo, o Credit Suisse mencionou a forte reação da ação no pregão na véspera, avaliando que o movimento pode estar relacionado à retomada de recompra de ações pelo banco. "Se realmente a recompra estiver ativa, o sinal nos parece bastante interessante e pode indicar um piso importante de curto prazo para o papel", escreveu o Credit Suisse.
BANCO DO BRASIL também foi destaque positivo, com ganho de 3,34 por cento, após o jornal o Estado de S.Paulo publicar que o governo pode ter que pagar 24,5 bilhões de reais para a instituição e para o BNDES referente a crédito agrícola.
SANTANDER subiu 2,97 por cento.
MARFRIG disparou quase 6 por cento e JBS avançou 4,35 por cento, após comentários da ministra da Agricultura, Kátia Abreu, de que as exportações de carne bovina não processada do Brasil para os EUA devem começar em agosto. Ela mostrou confiança de que esse ano já haja exportação de carne bovina para o Japão. No caso de JBS, o JPMorgan ajustou estimativas sobre a empresa, estimando preço-alvo em 20 reais para 2016, ante 15,50 reais anteriormente.
PETROBRAS fechou com ganhos ao redor de 3 por cento, impulsionada após informação de que o Senado discutirá no dia 30 proposta do fim da obrigação para a estatal deter pelo menos 30 por cento nos campos do pré-sal. A notícia prevaleceu sobre o declínio dos preços do petróleo e perspectiva de que a companhia deve atrasar os detalhes dos grandes cortes de investimentos previstos para o seu Plano de Negócios e Gestão 2015-19 até julho.
VALE fechou em queda de mais de 2 por cento, na esteira da terceira baixa consecutiva dos preços do minério de ferro no mercado à vista na China, pressionados pela fraca demanda por aço.
CSN e USIMINAS também figuraram na ponta de baixa, caindo 3,65 e 1,5 por cento, respectivamente, também afetadas por dados fracos do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda).
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