Ibovespa fecha em queda de 1% com ajustes a ADRs e noticiário externo
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - A Bovespa fechou a sexta-feira no vermelho, com várias ações ajustando-se ao declínio de seus ADRs em Nova York na véspera, enquanto dados fortes de emprego nos Estados Unidos e a falta de progresso na questão grega endossaram o viés negativo.
O Ibovespa caiu 1,03 por cento, a 52.973 pontos, após o feriado de Corpus Christi na véspera. O giro financeiro de 5,93 bilhões de reais ficou abaixo da média diária do ano.
Na semana, o índice teve alta de 0,40 por cento.
O Departamento de Trabalho dos EUA informou que a criação de vagas fora do setor agrícola somou 280 mil em maio, maior alta desde dezembro, e a taxa de desemprego ficou em 5,5 por cento.
Após os dados, os futuros de juros norte-americanos passaram a precificar alta em outubro. Antes, agentes apostavam que o banco central dos EUA agiria em dezembro ou depois.
A decisão da Grécia de adiar um pagamento ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que venceria nesta sexta-feira, agrupando quatro pagamentos com vencimento em junho numa única parcela a ser quitada em 30 de junho, trouxe desconforto, enquanto segue o impasse nas negociações sobre a dívida.
Ações brasileiras com peso relevante no Ibovespa, como bancos e Petrobras, também sofreram com ajustes ao movimento dos ADRs (recibos de ação negociados nos EUA) na véspera, dia de feriado no Brasil.
DESTAQUES
PETROBRAS terminou com queda de mais de 2 por cento, após os ADRs da estatal recuarem ao redor de 3 por cento na quinta-feira.
BRADESCO e ITAÚ UNIBANCO cederam também ao redor de 2,3 por cento.
TELEFÔNICA BRASIL e TIM PARTICIPAÇÕES apareceram entre os destaques negativos, com perdas de 4 e 3,23 por cento. O setor tem estado em foco com especulações sobre potenciais fusões. OI caiu 3,1 por cento.
USIMINAS caiu 2,58 por cento, em dia de queda no setor siderúrgico, com operadores também citando matéria da Exame, segundo a qual a Nippon e Ternium, controladores da empresa, estariam avaliando acordo para dividir a empresa. O papel ordinário, que não está no Ibovespa, perdeu 6,86 por cento. CSN, que detém fatia na concorrente, caiu 5,23 por cento.
GERDAU cedeu 2,36 por cento, após a Associação de Ferro e Aço da China (Cisa) informar que a produção média diária de aço bruto na China atingiu 1,8 bilhão de toneladas entre 11 a 20 de maio, alta de 2,2 por cento ante os 10 dias anteriores.
VALE fechou com as preferenciais em queda de apenas 0,28 por cento, com os preços do minério de ferro subindo para a máxima em quase quatro meses em um rali impulsionado pela queda nos estoques nos portos chineses.
FIBRIA e SUZANO PAPEL E CELULOSE avançaram 3,19 e 1,99 por cento, em meio ao avanço do dólar ante o real após os dados dos EUA.
SANTANDER BRASIL subiu 0,95 por cento e destoou do setor, após o Supremo Tribunal Federal (STF) negar recurso do Ministério Público sobre Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), o que resultará em reversão de 4,8 bilhões de reais de provisões do banco.
PAR CORRETORA encerrou com alta de 12,73 por cento, a 13,90 reais, em sua estreia na bolsa paulista, após o papel ser precificado acima da faixa indicada inicialmente pelos coordenadores em oferta inicial, que movimentou mais de 600 milhões de reais.
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