Cardozo diz que recrimina vazamentos e condenações a priori no caso Lava Jato
(Reuters) - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta quinta-feira que recrimina "com muito vigor" o vazamento de informações sobre os pedidos de inquéritos apresentados ao Supremo Tribunal Federal (STF), relacionados à operação Lava Jato, e disse que condenações a priori contrariam o Estado de direito.
Em entrevista à imprensa em Brasília, o ministro disse que não comemora nem vaia situações antes de se ter ciência, numa referência aos pedidos de investigação apresentados pelo procurado-geral da República, Rodrigo Janot.
Na terça-feira, o procurador-geral apresentou 28 pedidos de abertura de inquérito envolvendo 54 pessoas, com ou sem mandato parlamentar, suspeitas de envolvimento num esquema bilionário de corrupção na Petrobras.
A divulgação da lista de políticos envolvidos nas investigações tem gerado expectativa e um clima de tensão.
Os nomes dos políticos a serem investigados podem ser conhecidos na sexta-feira, quando se espera que o ministro do STF Teori Zavascki, relator das ações da operação Lava Jato, retire o sigilo sobre a lista de 54 pessoas e divulgue a íntegra dos pedidos de Janot, segundo disse à Reuters uma fonte do Supremo.
Sobre isso, o ministro disse que o ministro Zavascki saberá o que decidir.
Cardozo disse ainda que jamais teve qualquer iniciativa para tirar ampla autonomia investigatória da Polícia Federal.
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