Venezuela: Polícia chavista prende prefeito de Caracas, um dos líderes da oposição
O prefeito metropolitano de Caracas, o opositor Antonio Ledezma, foi preso nesta quinta-feira em seu escritório por agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin, a polícia política da Venezuela). Pouco antes de ser levado, ele denunciou a chegada dos policiais em sua página no Twitter. O advogado do prefeito, Omar Estacio, denunciou a prisão como arbitrária e disse que não foi apresentada uma ordem judicial.
Testemunhas disseram que tiros foram disparados para o alto para dispersar pessoas que tentaram evitar a detenção, informou a imprensa venezuelana. A mulher do opositor, Mitzy Capriles de Ledezma, afirmou que o prefeito vinha sendo perseguido "há vários dias". Em entrevista à Unión Radio, disse que resistiu muito e foi agredido ao ser preso nesta quinta. “Funcionários encapuzados levaram Antonio à força”, relatou.
Ela reclamou da falta de informações sobre o paradeiro do marido, que durou várias horas. À noite, em declaração em rede nacional, o presidente Nicolás Maduro confirmou a prisão do político opositor e disse que ele será processado "por delitos cometidos contra a paz, a segurança e a Constituição".
Abusos – A prisão de Ledezma é mais uma das barbaridades cometidas contra opositores na Venezuela. Ao reprimir os manifestantes que foram às ruas no ano passado contra a alta criminalidade, a escassez de produtos básicos, a inflação galopante, as forças de segurança do Estado e as milícias paramilitares espalhou o terror entre os cidadãos. Houve milhares de prisões arbitrárias e muitos relatos de tortura. Mais de quarenta pessoas morreram.
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