Conselho da Petrobras se reúne para aprovar novo CEO e diretores
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Conselho de Administração da Petrobras se reúne nesta sexta-feira para eleger cinco novos diretores e ratificar um nome indicado pela Presidência da República para ocupar a cadeira de presidente-executivo da petroleira estatal.
O encontro, marcado para as 9h, já fazia parte do calendário do conselho, mas de última hora a pauta teve que ser alterada, após a apresentação da renúncia inesperada de cinco diretores e da presidente Maria das Graças Foster, nesta semana.
O novo comando da empresa terá entre seus desafios iniciais a regularização da publicação das demonstrações financeiras da estatal. Isso em meio à apuração de um escândalo de corrupção que exigirá que a estatal realize baixas contábeis de ativos sobrevalorizados.
Entre os nomes apontados pelo mercado como possíveis para assumir a presidência da Petrobras estão o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, o ex-presidente da mineradora Vale Roger Agnelli, o atual presidente da Vale, Murilo Ferreira, o ex-executivo da Petrobras e OGX Rodolfo Landim, além do ex-CEO da companhia petroquímica Braskem José Carlos Grubisich.
SAÍDA INESPERADA
A saída dos executivos, anunciada na quarta-feira, aconteceu quase um ano após a deflagração da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga o suposto esquema de corrupção, no qual funcionários e ex-funcionários da estatal teriam desviado recursos da petroleira para pagamento de subornos e para financiar partidos políticos.
Os novos diretores vão substituir os seguintes executivos que renunciaram: Almir Barbassa (Finanças), José Carlos Cosenza (Abastecimento), José Miranda Formigli (Exploração e Produção), José Alcides Santoro (Gás e Energia) e José Antônio Figueiredo (Engenharia, Tecnologia e Materiais).
Permanecem na diretoria João Elek Junior, recentemente empossado para a nova diretoria de Governança, Risco e Conformidade, e José Eduardo Dutra, diretor Corporativo e de Serviços.
A renúncia dos executivos nesta semana surpreendeu integrantes do governo, que previam uma mudança na diretoria apenas no fim do mês, segundo uma fonte governamental.
Os diretores não aceitaram ficar no cargo por mais tempo, quando a saída deles foi dada como certa, após a presidente Dilma Rousseff finalmente aceitar o pedido de demissão de Graça Foster, segundo outra fonte próxima à diretoria da estatal.
Já bastante desgastados, os diretores não quiseram mais ser diretamente associados ao escândalo de corrupção, um dos maiores da história do país, sem denúncias de que teriam participado.
A situação dos diretores foi agravada depois que a companhia apresentou, com atraso de mais de dois meses, o balanço do terceiro trimestre não auditado.
O atraso foi causado pela dificuldade da companhia em incluir no seu relatório financeiro informações sobre a suposta corrupção que teria comprometido os números da Petrobras.
Agora, a nova diretoria terá como missão correr contra o tempo para apresentar os números do quarto trimestre dentro do prazo, até o fim de abril, auditado e com as baixas contábeis.
A não apresentação dos números dentro do prazo poderá causar questionamentos de credores e até mesmo a execução imediata de dívidas bilionárias de detentores de títulos.
(Por Marta Nogueira)
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