Confira os 5 mais cotados para substituir Graça Foster na Petrobras
No Blog da Thaís Herédia:
Uma surpresa e muitas dúvidas. A renúncia da presidente da Petrobras, Graça Foster, e mais cinco diretores, pegou o país de calças curtas. A informação foi divulgada dois minutos antes da abertura do mercado, ou seja, sem dar tempo para que a novidade se propagasse entre os investidores. Quem soube primeiro pôde decidir primeiro o que fazer para se beneficiar da notícia.
Como tem acontecido com tudo que envolve a Petrobras recentemente, o anúncio não poderia ser mais atravessado. Por exemplo, uma hora depois da divulgação da renúncia, ninguém sabia informar quem seriam os cinco diretores que se juntaram a Graça Foster na saída. E, ainda assim, as ações da estatal dispararam – sinal de que, quanto mais real for a troca de comando na companhia, melhor.
Junto com a renúncia, a Petrobras avisou que vai reunir o conselho administrativo na próxima sexta-feira (6) para a indicação e aprovação da nova diretoria. É de se pensar que Dilma e seu escudeiro Joaquim Levy já tenham convencido alguém a assumir a presidência da estatal. Assim como foi para o novo ministro da Fazenda, há espinhos, mas também poderão haver muitos louros para o "herói às avessas” que conseguir revirar o declínio da petrolífera.
E as perguntas tomam conta da sala: quem será o novo comandante da maior empresa do Brasil? Ou será “uma” comandante? Na escolha de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda, a força das especulações estava em nomes específicos, cotados para assumir a cadeira espinhosa de Guido Mantega. A surpresa com a chegada de Levy chocou e surpreendeu – para o bem.
O foco dos rumores agora é encontrar a “competência”. Quem conseguirá reunir pré-requisitos tão específicos e ao mesmo tempo tão abrangentes. O “sujeito” terá que ser forte o suficiente para “chocar” o mundo financeiro, não adianta agradar só ao mercado brasileiro. Esse choque só virá se ele for reconhecidamente competente em gestão de grandes companhias, com histórico de sucesso.
Se não daí, o tranco tem que vir de uma capacidade de articulação e trânsito tanto empresarial quanto político. Sem essa “musculatura”, vai ser difícil enfrentar os rojões vindos da esplanada dos ministérios e do Congresso Nacional em Brasília.
Afinal, a Petrobras é barganha política há anos e agora querem fechar essa porta? Para dar um impacto considerável na credibilidade da companhia, será preciso, sim, diminuir as alianças da estatal com o governo. Até porque a Petrobras não é do governo ou de “um” governo. Ela é do Estado brasileiro e o governo de plantão ganha o poder de geri-la, mas não de tomá-la para si.
A lista de nomes que circulam neste segundo dia de especulações inclui todo tipo de candidato:
- Rodolfo Landim: ex-diretor da Petrobras, técnico competente e apartidário, com trânsito internacional;
- Roger Agnelli: ex-presidente da Vale, articulado politicamente, mas desafeto conhecido da presidente Dilma Rousseff;
- Henrique Meirelles: curinga das crises, o ex-presidente do Banco Central aparece em todas as listas de “heróis-nacionais”. Seu nome surge mais como uma dívida do ex-presidente Lula ao seu companheiro de governo, para recolocar Meirelles no cenário político do país;
- Murilo Ferreira: atual presidente da Vale, com uma gestão aprovada pelo mercado;
- Eduarda La Rocque: ex-secretária da Fazenda do município do Rio de Janeiro e muito próxima ao ministro Joaquim Levy.
Há outros executivos, até de quem comanda empresas do setor alimentício. O que vai realmente agradar é o nome que “vestir” melhor a capa das competências exigidas para dar conta do imbróglio da petrolífera. Capa forte o suficiente para protegê-lo, inclusive, dos ataques jurídicos inevitáveis para quem assumir as contas de uma empresa vítima da corrupção.
Petrobras: Graça Foster e diretoria renuncia e novos executivos serão escolhidos na 6a-feira
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, e cinco diretores da companhia renunciaram ao cargo e novos executivos serão eleitos em reunião do Conselho de Administração que será realizada na sexta-feira, dia 6, informou a estatal nesta quarta-feira.
A saída da diretoria acontece em meio às investigações de um escândalo bilionário de corrupção e a dificuldade da atual gestão da companhia para quantificar os prejuízos com fraudes em contratos de obras durante anos.
O governo busca um executivo para comandar a estatal que preferencialmente seja ligado ao setor de petróleo, afirmou à Reuters na terça-feira uma fonte do governo.
O objetivo é ter uma nova diretoria composta por nomes do mercado e também da empresa, disse a fonte.
A presidente Dilma Rousseff procura definir ainda em fevereiro o nome para comandar a estatal, após ter aceito a demissão de Graça Foster em uma reunião em Brasília na terça-feira, afirmou a fonte.
A próxima diretoria terá a missão de apresentar o balanço do quarto trimestre auditado até o fim de abril, já com baixas contábeis necessárias devido ao escândalo de corrupção.
Caso não cumpra o prazo, a diretoria terá que conversar com credores para a postergação dos resultados.
No entanto, há credores que acreditam que a empresa já pode ser declarada inadimplente em bilhões de dólares em dívida, mesmo tendo divulgado os resultados atrasados do terceiro trimestre dentro de um prazo autoimposto.
As ações da Petrobras aceleraram alta após a divulgação do comunicado pela empresa, minutos após a abertura do pregão da Bovespa. Às 10h44, os papeis preferenciais subiam mais de 6 por cento, ante alta de 1 por cento do Ibovespa.
(Por Marta Nogueira)
Petrobras confirma renúncia de Graça e 5 diretores e ação sobe 7%; veja mais destaques
A Petrobras confirmou em comunicado ao mercado a renúncia da presidente da companhia Graça Foster e de mais 5 diretores, fazendo com que as ações subam 7% nesta manhã após dispararem 15% ontem. Em comunicado esclarecendo notícia, a companhia comunicou que o Conselho se reunirá na sexta-feira para eleger a nova diretoria.
Circulam boatos que os nomes mais fortes para assumir o comando da estatal seriam Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central, Roger Agnelli, que já esteve no comando da Vale por mais de 10 anos, e Rodolfo Landim, ex-parceiro de Eike Batista e atual desafeto do empresário, com passagens pela Eletrobras e BR Distribuidora.
Além disso, aparece no radar da empresa a notícia de que a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) teria aberto um processo para analisar as informações da Petrobras. Tudo indica que o órgão regulador do mercado de capitais está pedindo explicações à estatal sobre o balanço, apresentado com dois meses de atraso e ainda sem o aval da auditoria independente PricewaterhouseCoopers.
Leia a notícia na íntegra no site InfoMoney
Diretor de Finanças da Petrobras está entre os que renunciaram, diz fonte
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Os diretores da Petrobras Almir Barbassa (Finanças), José Carlos Cosenza (Abastecimento), José Miranda Formigli (Exploração e Produção), José Alcides Santoro (Gás e Energia) e José Antônio Figueiredo (Engenharia, Tecnologia e Materiais) apresentaram renúncia de seus cargos, disse nesta quarta-feira uma fonte com conhecimento do assunto à Reuters.
A Petrobras anunciou nesta quarta-feira que, além da presidente Maria das Graças Foster, cinco diretores apresentaram renúncia em meio a um escândalo de corrupção envolvendo a companhia. No entanto, em comunicado, a empresa não divulgou os cargos dos que apresentaram renúncia.
Devem permanecer nos cargos os diretores de Governança, Risco e Conformidade, João Elek Junior, e Corporativo e de Serviços, José Eduardo Dutra, segundo a fonte.
A Petrobras também informou nesta quarta-feira que seu Conselho de Administração vai se reunir na sexta-feira para eleger uma nova diretoria, diante da renúncia dos executivos.
Procurada, a Petrobras não comentou imediatamente quem seriam os diretores que ficariam ou deixariam seus postos.
Segundo a fonte, João Elek foi nomeado recentemente para o cargo de Governança, recém-criado e considerado chave para a empresa no momento de crise atual, em meio às investigações da Operação Lava Jato, e não sairá.
"Ele chegou agora e não pode ser responsabilizado por nada", afirmou a fonte, que pediu anonimato.
O outro remanescente, José Eduardo Dutra, encontra-se de férias, disse a fonte.
Dutra, a propósito, já foi presidente da Petrobras e do PT, além de ter sido um dos três coordenadores da campanha de Dilma na eleição de 2010.
"Tem presença política importante... tudo indica que esse (Dutra) vai ficar, até pela força que tem", declarou a fonte.
(Por Rodrigo Viga Gaier)
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FREITAS CURITIBA - PR
Entenda como Meirelles acoberta a sonegação do Friboi
Carlos Newton Na semana, passada mostramos aqui na Tribuna da Internet a ponta do iceberg do chamado caso Friboi (do grupo JBS), que há mais de um ano vem mantendo uma bilionária campanha publicitária, com divulgação diária na mídia impressa e televisionada, inserindo anúncios em espaços e horários nobres e pagando cachês altíssimos a artistas consagrados como Tony Ramos, Fátima Bernardes e Roberto Carlos, que depois suspendeu as aparições porque há décadas é vegetariano. Causa enorme estranheza a divulgação massiva de uma marca que jamais fez publicidade e cresceu nos bastidores do poder, movida pelo apoio direto do BNDES. A empresa foi criada pelo fazendeiro goiano José Batista, que em 1953 abriu em Anápolis um pequeno açougue, a Casa de Carnes Mineira, especializada em vender carne de sol. Com a morte do fazendeiro, seus três filhos assumiram os negócios, que tiveram crescimento espantoso a partir do governo Lula e já conseguiu se tornar o maior exportador de proteína animal do mundo, com abate de carne bovina, ovina, suína, caprina e avícola, passando a atuar também em outras áreas do setor alimentício, ostentando hoje as marcas Swift, Doriana, MassaLeve, Lebon, Pilgrim’s, Seara, Vigor, Rigamonti, Fiesta, Flora, Rezende, Excelsior, Texas Burger, Pena Branca, Wilson, Frangosul e Agrovêneto. Evidentemente, o objetivo dessa megapublicidade não tem cunho comercial. Se o grupo familiar Friboi, sem fazer propaganda de espécie alguma, em poucos anos conseguiu operar na casa das dezenas de bilhões de reais e já ultrapassou o patamar dos 100 bilhões de faturamento/ano, o que justificaria esse esbanjamento de recursos numa massiva campanha publicitária diária e verdadeiramente espantosa? COMPRANDO A MÍDIA No artigo anterior, já explicamos aqui na Tribuna da Internet que desde o início de 2012 o grupo dos irmãos Batista (José Júnior, Joesley e Wesley) vem sendo comandado por Henrique Meirelles, ex-presidente do BankBoston e do Banco Central e que já se tornou acionista do Itaú. Esse “investimento” em propaganda foi autorizado diretamente por Meirelles e o objetivo é amansar a grande mídia, para desestimular reportagens investigativas que possam revelar a verdadeira estória desse surpreendente sucesso empresarial. Coincidentemente, a espalhafatosa campanha publicitária foi iniciada quando começaram a surgir as primeiras notas e reportagens denunciando a generosidade do BNDES, que não somente financiou o grupo Friboi, mas também fez questão de se acionar diretamente a ele, por meio de compra de ações em massa. Na gestão petista, o BNDES já emprestou à JBS R$ 2,5 bilhões (diretamente ou com intermediação de outros bancos) e comprou R$ 6,17 bilhões em ações do grupo, que equivalem a 28,69% do capital. COMPRANDO POLÍTICOS Outra coincidência: Além de atuar no controle da mídia, Meirelles também transformou a holding J&F na maior patrocinadora da política nacional, doando R$ 366,8 milhões aos candidatos em 2014, seguida da empreiteira Odebrecht , que doou R$ 111 milhões, e do Bradesco, com cerca de R$ 100 milhões. Segundo reportagem de Leandro Prazeres, no site UOL, o generoso grupo já doou a candidatos e partidos cerca de 18,5% de tudo o que recebeu do BNDES em financiamentos e venda de ações entre 2005 e 2014, com PT, PMDB e PSDB aparecendo como os mais beneficiados. O repórter Leandro Prazeres mostrou que o comprometimento com doações a políticos é tão grande que, somente para a eleição de 2014, a empresa doou 39,56% de todo o seu lucro líquido registrado em 2013, que foi de R$ 926,9 milhões. É como se, a cada R$ 100 de lucro, a JBS doasse R$ 39,56 para os caixas de campanhas de partidos e candidatos. Já mostramos aqui na Tribuna da Internet que é generosidade demais, motivando justificadas suspeitas de sonegações e graves irregularidades contábeis, porque o Bradesco, terceiro colocado, doou apenas 0,83% de seu lucro líquido em 2013, que foi de R$ 12 bilhões. Como se sabe, o lucro líquido é a diferença entre o que a empresa faturou e os seus custos operacionais (salários, tributos, impostos, juros, amortizações etc.). SONEGANDO À VONTADE Referentes a 2013, são surpreendentes os números do último balanço do grupo Friboi, que se orgulha de ter subsidiárias na Argentina, nos Estados Unidos e na Austrália. A receita líquida consolidada atingiu R$ 92,902 bilhões, já suprimidos devoluções de vendas, descontos comerciais e impostos incidentes sobre vendas, conforme as regras da Receita Federal. Mas o lucro líquido declarado foi de apenas R$ 926,9 milhões, ou seja, lucrou menos 1% da receita líquida, índice bastante inferior ao faturamento bruto (que o site do Friboi estrategicamente não revela, ao exibir os números do último balanço anual). Esse lucro bem inferior a 1% significa que ou o grupo Friboi está em má situação financeira ou sonega impostos à vontade. Não é admissível e aceitável que o maior exportador mundial de proteína animal, que já ultrapassou faturamento de R$ 100 bilhões nos últimos 12 meses, esteja obtendo apenas essa ridícula margem de lucro, mas se dê ao desplante de subtrair dividendos dos acionistas (em especial, o BNDES), para generosamente doar à classe política cerca de 40% desse lucro ínfimo. E, ainda não satisfeito, o grupo gasta outra expressiva parcela do lucro numa campanha publicitária inútil, pois destinada ao consumidor final, que nem sabe onde comprar carne do Friboi. Detalhe: em Goiás, o JBS responde a 49 autos de infração aplicados pela Secretaria da Fazenda nos últimos 9 anos, no total de R$ 1,3 bilhão, a maioria por sonegação de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) na exportação de carne bovina. Ao comandar esta grotesca fraude, o cidadão Henrique Meirelles demonstra que jamais poderia ter exercido cargo público no Brasil. Decididamente, não tem o menor interesse pelo país e por seu povo, pois é movido exclusivamente pela ganância. Mas é certo que logo, logo ele estará desmascarado e a mídia então vai descobrir o verdadeiro motivo do engavetamento (ou arquivamento) dos processos contra ele movidos pelo Tribunal de Contas da União, antes de ser presidente do Banco Central.FREITAS CURITIBA - PR
http://www.tribunadainternet.com.br/entenda-como-meirelles-acoberta-a-sonegacao-do-friboi/