CAE aprova isenção de PIS/Pasep e Cofins para farelo e óleo de milho
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou nesta terça-feira (9) a isenção de tributos para a venda de farelo e óleo de milho, benefício já concedido à soja. Os senadores acolheram o substitutivo (texto alternativo) da Câmara dos Deputados ao projeto de lei (PL) 1.548/2022, que recebeu relatório favorável da senadora Tereza Cristina (PP-MS) e segue para o Plenário em regime de urgência.
A matéria altera a Lei 12.865, de 2013. A norma suspendeu a incidência da Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre as receitas da venda de soja.
O PL 1.548/2022 é um texto alternativo proposto pelos deputados ao projeto de lei do Senado (PLS) 117/2018, apresentado originalmente pelo então senador Cidinho Santos (MT). O texto estendeu o mesmo benefício ao farelo e ao óleo de milho.
O projeto original também concedia isenção ao grão de milho. Mas a medida foi retirada do texto. A Câmara dos Deputados incluiu no texto a renúncia fiscal de PIS/Pasep e Cofins na venda de borras e desperdícios de cervejarias e destilarias.
Para a senadora Tereza Cristina, “a perda tributária deve ser compensada pelos ganhos econômicos e geração de emprego e renda”.
— Não haveria qualquer justificativa plausível para que se diferenciassem os complexos soja e milho, que contribuem efetivamente de forma equivalente tanto no incremento do emprego de mão de obra direta ou indireta quanto na produção de alimentos para o consumo humano e de insumos para outras cadeias do agronegócio, como farelos de soja e de milho para o consumo animal — avaliou a relatora.
Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o setor de etanol de milho, responsável pela produção do farelo e do óleo, cresceu 804% nos últimos cinco anos. A Consultoria de Orçamentos do Senado (Conorf) estima que, em 2024, a arrecadação tributária proveniente da produção do biocombustível aumentará em R$ 360 milhões, enquanto a isenção tributária proposta geraria renúncia de R$ 43 milhões.
0 comentário

“Plano Safra da FPA está dentro do que o agro precisa”, diz Tereza Cristina

FPA entrega proposta do Plano Safra ao governo e defende mudanças no modelo de financiamento do agro

Plano Safra 2025/26 deverá ser o mais difícil dos últimos 15 anos, afirma CNA

Fávaro anuncia pacote de alívio ao agro gaúcho após articulação do deputado Zucco

Acordos extrajudiciais garantem desapropriação de áreas quilombolas em SC

FPA pede reforço de R$ 1 bi em recursos para subvenção ao prêmio do seguro rural