Plano Safra terá ganho para quem produz alimentos em vez de commodities, diz ministro Teixeira
BRASÍLIA (Reuters) -O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, disse nesta sexta-feira que o governo quer incluir no próximo Plano Safra um ganho para quem produz alimentos para ampliar essa produção.
A proposta faz parte de um plano do governo para ampliar a área com plantação de alimentos no país, que inclui a retomada do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) pelo governo federal, o reajuste da merenda escolar e a criação de um outro programa para incentivar a plantação de alimentos em áreas subaproveitadas ou degradadas.
"Queremos aumentar a área produzida. Evidentemente que no Plano Safra vamos colocar estímulos maiores para quem produzir alimentos. Não tirando os estímulos para quem produz commodities, mas dar um ganho para quem produzir alimentos, porque faltam alimentos no país", disse o ministro.
"É um olhar novo sem deixar de olhar para o que já vinha sendo feito e já era bem sucedido. Essa área de commodities já era bem sucedida e não vamos atrapalhar o que era bem sucedido. Vamos fortalecer. Não há contradição entre os dois", acrescentou.
REFORMA AGRÁRIA
Teixeira afirmou ainda que o governo pretende retomar o mais rapidamente a política de reforma agrária, apesar de reconhecer que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) não tem hoje recursos para aquisição de terras. O orçamento para 2023 é de apenas 2 milhões de reais.
A intenção é encontrar alternativas, e duas estão sendo analisadas pelo governo. Uma delas é usar títulos da dívida agrária para pagar por terras, no caso de terrenos considerados de interesse para a reforma agrária. A outra é obter terras de grandes devedores do Estado.
"Podemos estudar alternativas de adjudicação de áreas de grandes devedores. O grande devedor, se está sendo executado, ele pode dizer 'eu vou dar para o Estado uma fazenda' e podemos usá-la para reforma agrária. São essas as estratégias que podemos usar", disse.
Teixeira afirmou ainda que o governo está preocupado com possíveis conflitos fundiários. Pelo menos três focos, em São Paulo, Minas Gerais e no sul do Pará, já foram identificados. O ministério criou uma comissão de mediação e já começa a analisar os casos.
"A equipe vai estudar e vai cuidar. Então, todos os conflitos fundiários no país esperamos que as partes nos procurem para que não acirrem, para que tenhamos paz no campo", afirmou.
O ministro disse ainda que abriu uma mesa de negociações entre o governo federal, o governo da Bahia, representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da empresa Suzano para encontrar soluções para um acordo que havia sido feito em 2011 nas terras da empresa da Bahia.
Membros do MST que estavam em fazendas da Suzano na Bahia desde a semana passada saíram das terras na terça-feira após decisões judiciais de reintegração de posse.
(Reportagem de Lisandra ParaguassuEdição de Pedro Fonseca e Alexandre Caverni)
2 comentários
PL das Startups avança na Câmara com incentivos para tecnologia agrícola
Projeto de lei que fortalece a Reforma Agrária é aprovado com apoio da FPA
Diálogos sobre Bioinsumos - Um debate sobre o PL 658/2021 e a Produção Sustentável de Alimentos
Deputado Luiz Ovando propõe Dia Nacional do Sorgo, destacando benefícios para a saúde e agronegócio
Aprovada inclusão da agricultura familiar em fundo garantidor; texto vai a sanção
Câmara aprova projeto que autoriza produtor de cana-de-açúcar a participar de ganhos dos créditos de carbono
Darci Ademir Schwantes BrasÃlia - DF
Bastante sábio o comentário do ministro. Soja na visão dele não é alimento,, afinal não serve de ração para suinos, bovinos, aves, peixes, etc.
Boa é esse o nível dos ministérios desse ex-presidiario entende tudo de roça.
Minha esposa e' japonesa ela cozinha a soja e nos comemos no lugar do feijao---Com exceçao do feijao preto , ela e' mais gostosa que as demais variedades de feijao ----Ministros do JANJAO , sao limitados em conhecimentos tecnicos, as suas bagagens sao' de safadeza e canalhice politica
Soja e milho é: fubá, polenta, biscoitos, maizena, pipoca, oleo, ovos, carnes frango, boi, porco, peixe, pastel, frituras e se pedir ajuda da Vó ela lembrará de outras centenas de boas comidas. Se deixar essa turma que governa atualmente o BR são capazes de dizer que o oleo de fritura vem da mamona ou da Petrpbrás. Igual chegaram a falar que o açucar é produzido pelas abelhas. É triste um governo brigando para diminuir a produção de COMIDA.
SÃO TODOS "BOBOS DA CORTE" !!!
LEIA-SE: "CORTE"= XILINDRO DE DELEGACIA !!!
Esse novo governo tem a habilidade de dar emprego para os seus apadrinhados sem levar em conta os seus conhecimentos para a sua função. Acorda Brasil.
Guilherme Frederico Lamb Assis - SP
e as terras publicas? as reais areas improdutivas dos Brasil, como tudo que é publico/estatal. Essas não precisam de recursos para serem compradas.