Plano Safra tem pontos positivos; nova colheita recorde é possível, diz Abag

Publicado em 08/06/2017 07:30

LOGO REUTERS

SÃO PAULO (Reuters) - Com um crescimento relativamente pequeno no volume de recursos para financiamentos e juros levemente mais baixos, o Plano Safra 2017/18 anunciado nesta quarta-feira foi o programa governamental "possível" dentro das atuais condições fiscais do país, avaliou a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag).

E uma nova produção recorde de grãos no ano que vem é possível, se o tempo colaborar novamente, com produtores contando com mais recursos próprios e outras fontes de financiamento para investir em seu negócio, disse o diretor-executivo da Abag, Luiz Cornacchioni.

Ele destacou alguns pontos positivos no Plano Safra, como o programa direcionado à armazenagem.

"É aquela história de olhar o copo meio cheio e meio vazio. Vamos olhar a parte cheia. Tem o recurso de 190,2 bilhões de reais... sempre vai precisar de mais recurso, mas pelo ajuste fiscal em curso é o que dava para fazer", afirmou Cornacchioni, que participou da cerimônia de lançamento do plano em Brasília.

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, havia falado anteriormente que os recursos para financiamentos ficariam praticamente estáveis em relação ao anunciado para a safra passada, em torno de 185 bilhões de reais, mas acabaram superando a cifra de 2016/17.

Os juros para os principais programas tiveram queda de cerca de um ponto percentual, conforme havia indicado o ministro anteriormente.

Mas o executivo da Abag ressaltou alguns programas de financiamento que tiveram queda maior no juro, de dois pontos percentuais, como foi o caso do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA).

"Juro de 6,5 por cento (ao ano) é um incentivo para retomada, o déficit (de armazenagem) está muito alto, e a produção de grãos está crescendo, precisamos do programa para cobrir déficit de armazenagem", disse ele.

Segundo ele, se o tempo favorecer, a expectativa é de uma safra de grãos acima de 230 milhões de toneladas novamente no ano que vem. A atual está estimada em um recorde de 232 milhões de toneladas.

"Após uma safra boa, produtor fica menos amarrado ao governo, ele tem mais flexibilidade, pode pôr mais recursos próprios, o mercado de capitais pode disponibilizar mais, tem as tradings", afirmou.

Cornacchioni citou o aumento do volume de recursos para Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota), além do crescimento de 37,5 por cento, para 550 milhões de reais, no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR).

(Por Roberto Samora)

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Reuters

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário