Rússia vê sua produção de petróleo cair até 17% em 2022, diz documento
(Reuters) - A Rússia pode ver sua produção de petróleo cair até 17% em 2022, mostra um documento do Ministério da Economia visto pela Reuters na quarta-feira, enquanto o país enfrenta sanções ocidentais.
Segundo o documento, a produção de petróleo russa pode recuar para entre 433,8 milhões e 475,3 milhões de toneladas (equivalente à faixa de 8,68 milhões a 9,5 milhões de barris por dia) em 2022, de 524 milhões de toneladas em 2021.
Seria o menor nível desde 2003, quando a produção de petróleo da Rússia ficou em 421 milhões de toneladas.
Os Estados Unidos proibiram as importações de petróleo russo após o início do conflito na Ucrânia, ao mesmo tempo em que as sanções ocidentais contra bancos e navios russos prejudicaram o comércio de petróleo, uma das principais fontes de receita de Moscou. A União Europeia também está considerando banir totalmente o petróleo russo.
A escala do declínio da produção seria a mais significativa desde a década de 1990, quando a indústria do petróleo sofreu com subinvestimento.
A produção de petróleo russo começou a diminuir em março e caiu cerca de 7,5% em meados de abril.
A produção de petróleo na Rússia se recuperou no ano passado após um declínio em 2021, sua primeira queda anual desde 2008, devido às consequências da pandemia.
A Agência Internacional de Energia disse que o impacto das sanções e a aversão dos compradores ao petróleo russo terão pleno efeito a partir de maio.
O ministério não respondeu a um pedido de comentário.
O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou que o governo fortaleça laços energéticos com a Ásia e diversifique o fornecimento de energia para fora da Europa.
As exportações de petróleo e gás também devem cair este ano, mostrou o documento. As exportações de petróleo devem recuar para entre 213,3 milhões e 228,3 milhões de toneladas (4,27 milhões a 4,57 milhões de bpd), ante 231 milhões de toneladas em 2021.
0 comentário
Petróleo sobe 1% para máxima de 2 semanas com intensificação da guerra na Ucrânia
Petrobras manterá foco em petróleo em 2050, mas com maior fatia em renováveis, diz CEO
Petróleo sobe 2% com avanço da guerra entre Rússia e Ucrânia
Petrobras propõe investimentos de US$111 bi em plano 2025-29, com alta de 9%
Preços do petróleo sobem com paralisação do campo Sverdrup e escalada da guerra na Ucrânia
Etanol e gasolina sobem, enquanto diesel mostra queda, aponta levantamento Veloe