EUA avaliam liberação de reservas e petróleo despenca até 6% nesta 5ª feira
O mercado do petróleo chegou a cair até 6% nesta manhã de quinta-feira (31), revertendo os ganhos da véspera, depois de notícias de que os Estados Unidos planejam a liberação de reservas estratégicas do óleo.
Às 12h11 (horário de Brasília), o petróleo tinha perdas mais contidas. O WTI caía 4,54%, ou US$ 4,90 o barril, a US$ 102,92 o barril. Enquanto que o Brent era cotado a US$ 107,30 o barril com desvalorização de 3,72%.
De acordo com a agência de notícias Reuters, o país estaria cogitando colocar no mercado 180 milhões de barris de sua Reserva Estratégica de Petróleo, o que seria o maior volume nos quase 50 anos de história.
Esse volume equivale a dois dias de demanda global e seria disponibilizado ao longo de meses, segundo disseram quatro fontes norte-americanas na quarta-feira. A medida é mais uma tentativa da Casa Branca de reduzir o preço dos combustíveis.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deve falar à imprensa sobre as ações do governo relacionadas ao preço dos combustíveis.
"Tempos desesperados, claramente exigem medidas desesperadas e claramente o governo Biden acredita que o aumento nos preços do petróleo justifica essa medida para consumir os suprimentos de emergência do país", disse à Reuters Susannah Streeter, analista sênior de investimentos e mercados da Hargreaves Lansdown.
"Uma liberação por gotejamento de 1 milhão de barris de petróleo está prevista para os próximos seis meses, um sinal de que não se espera uma solução rápida para a crise na Ucrânia, que reduziu o fornecimento de petróleo".
Analistas do Goldman Sachs disseram para a agência de notícias que a medida ajudaria o mercado de petróleo a se reequilibrar em 2022, mas que não era uma solução permanente.
"Isso continuaria, no entanto, sendo uma liberação de estoques de petróleo, não uma fonte persistente de oferta para os próximos anos. Tal liberação, portanto, não resolveria o déficit estrutural de oferta, anos em formação".
Nesta quinta-feira, há uma reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, incluindo a Rússia, sobre metas de produção. O mercado espera na sexta-feira (1º) informações da Agência Internacional de Energia (AIE) sobre uma possível liberação coletiva de petróleo.
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