Temores com novas sanções à Rússia e interrupção em oleoduto dão suporte para altas de 2% do petróleo
Os preços do petróleo avançavam cerca de 2% nas bolsas externas nesta manhã de quarta-feira (23), ficando em cerca de US$ 110 o barril, em meio temores de novas sanções à Rússia e a interrupção das exportações de petróleo da Rússia e do Cazaquistão através do oleoduto CPC.
Por volta das 08h38 (horário de Brasília), o petróleo WTI tinha valorização de 2,16%, ou US$ 2,36 o barril, cotado a US$ 111,63 o barril. Enquanto que o Brent era cotado a US$ 114,33 o barril com alta de 2,24%. No dia anterior, os mercados chegaram a ficar abaixo da linha de US$ 110.
De acordo com a agência de notícias Reuters, o mercado do óleo continua nervoso com a perspectiva de novas sanções à Rússia, que é o segundo maior exportador de petróleo do mundo, após a invasão da Ucrânia. A chamada "operação especial" de Moscou já dura quase um mês.
Além de atenção para um possível posicionamento da União Europeia, que é muito dependente do óleo russo, o mercado também aguarda por novas sanções do presidente dos EUA, Joe Biden, que deve se reunir com líderes europeus na quinta-feira em Bruxelas, na Belgica.
"Os países membros da União Europeia continuam divididos sobre proibir as importações de petróleo e derivados russos que ainda continuam a fluir, mas isso pode mudar quando os contratos de curto prazo acabarem", disse a agência.
"Logo chegam as exportações russas em abril e vemos cargas canceladas e problemas para a Rússia encontrar compradores. Índia e China comprarão, mas isso não será suficiente para evitar o declínio", disse à Reuters Bjarne Schieldrop, analista do SEB.
Além disso, a Rússia anunciou nesta terça-feira que houve uma queda no transporte de petróleo através do Caspian Pipeline Consortium (CPC) de até 1 milhão de barris por dia (bpd), ou 1% da produção global, por causa de berços danificados por tempestades.
As operações da CPC pararam totalmente nesta quarta-feira e os reparos levarão pelo menos um mês e meio. Além do óleo russo, o oleoduto também transporta petróleo do Cazaquistão.
A queda dos estoques de petróleo nos Estados Unidos, maior consumidor de petróleo do mundo, também aumentou a apreensão em relação à oferta. Novos dados semanais oficias serão divulgados nesta quarta-feira por entidades de energia norte-americanas.
0 comentário
Petróleo fecha estável enquanto mercados avaliam expectativas de corte da taxa do Fed
Após três meses de estabilidade, gasolina apresenta alta influenciada pelo aumento do dólar, aponta Edenred Ticket Log
Exportações de petróleo da Arábia Saudita atingem alta de quatro meses em outubro
Petróleo cai 1% para mínima de uma semana com dados econômicos fracos da China e da Alemanha
Australiana Karoon Energy reduz perspectiva de produção de petróleo em projeto no Brasil
Petróleo cai com gastos chineses fracos e antes de decisão do Fed sobre taxa de juros dos EUA