Negociações para cessar-fogo e temores com demanda na China derrubam petróleo abaixo de US$ 100
Os preços do petróleo operavam em mínimas de duas semanas nesta manhã de terça-feira (15), ficando abaixo de US$ 100 o barril, em meio negociações de cessar-fogo na guerra entre Rússia e Ucrânia, além das preocupações com a demanda por conta da disparada de casos da Covid-19 na China.
Por volta das 08h26 (horário de Brasília), o petróleo WTI caía 8,02%, ou US$ 8,26 o barril, a US$ 94,75 o barril. Enquanto que o Brent era cotado a US$ 95,88 o barril com desvalorização de 7,27%. É a primeira vez desde 1º de março que o óleo fica abaixo de US$ 100 o barril.
Ambos os mercados estendem perdas que já foram de cerca de 5% na véspera.
Em meio atenção com a guerra e seus reflexos, os preços do petróleo chegaram às máximas de 2008, em cerca de US$ 140 o barril. Porém, a amenização das tensões e a possibilidade de negociação, além do atual momento da Covid-19 na China, contribuem para as perdas do óleo.
"As expectativas de desenvolvimento positivo nas negociações de cessar-fogo entre Rússia-Ucrânia reforçaram as esperanças de aliviar o aperto no mercado global de petróleo", disse para a agência de notícias Reuters Toshitaka Tazawa, analista da Fujitomi Securities Co Ltd.
Novas conversas entre negociadores eram esperadas para esta terça-feira.
"Os novos bloqueios para conter a pandemia de Covid-19 na China também levantaram preocupações com a demanda mais lenta", disse Tazawa.
O número diário de casos de Covid-19 na China atingiu máxima de dois anos, totalizando mais de 1400 confirmados, mais do que o dobro do dia anterior. A China é a maior importadora de petróleo bruto do mundo e a segundo maior consumidora depois dos Estados Unidos.
Apesar de queda nos preços do petróleo, a expectativa é que o mercado siga valorizado mesmo em caso de resolução da guerra, porque os fundamentos do mercado já eram positivos. A análise é de Heitor Paiva, analista de macroeconomia e energia da hEDGEpoint Global Markets.
Para ele, o preço do petróleo Brent em US$ 115 pelo menos nos dois primeiros trimestres de 2022.
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