Exportação é inviável para milho do oeste da Bahia
Esta solução, porém, não deve ser adotada pelos produtores baianos, que enfrentam dificuldades com infraestrutura e logística de escoamento de produção.
O mais novo mercado do milho brasileiro é o Japão. Entre os meses de janeiro e fevereiro de 2010, o Brasil exportou para o país asiático 199 mil toneladas do grão, volume que só foi menor que o exportado pelo Brasil ao Irã - nosso maior comprador.
O economista e pesquisador da Embrapa, Jasom Duarte, afirma que o milho brasileiro tem qualidade para competir internacionalmente e que esta poderia ser uma boa saída para o excedente de produção no mercado interno.
"Temos condições de entrar, por exemplo, no mercado europeu que compra pouco do Brasil", disse. Para ele, a supersafra americana não provocará grande queda no preço do produto, garantindo a competitividade do milho brasileiro.
Viabilidade Para o presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Walter Orita, porém, esta não é uma saída viável aos produtores baianos. "Hoje nós temos um custo muito alto com frete e com operações portuárias, o que tornaria inviável a exportação de milho", diz.
Hoje, o mercado internacional paga entre R$ 6 e R$ 7 por saca de milho, enquanto o produto baiano custaria, no mínimo, R$ 10. "Hoje, vendemos para o mercado interno por R$ 15, enquanto o preço mínimo está em R$ 19", explica Orita.
Para que a exportação fosse um negócio viável, o presidente da Aiba diz que seria necessário a concretização de uma série de fatores, como a Ferrovia Oeste-Leste para barateamento do frete, a desvalorização do real frente ao dólar para o produto baratear no mercado internacional e redução dos custos com operações portuárias. "A soja possui um valor maior por saca, o que nos permite exportar", afirma o produtor.
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