Chicago sente pressão de plantio acelerado nos EUA e milho cai até 3,15% nesta terça-feira
A terça-feira (29) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro contabilizando mais um dia de movimentações negativas na Bolsa de Chicago (CBOT).
De acordo com a análise da Agrinvest, o mercado segue acompanhando e recebendo pressão do ritmo bastante acelerado no plantio da nova safra dos Estados Unidos.
Na última segunda-feira, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou seu novo relatório apontando que, 24% da nova safra de milho dos EUA já havia sido semeada, com os trabalhos já ultrapassando a média histórica e devendo passar dos 50% até o dia 12 de maio.
Na visão dos analistas da consultoria, este marco reduz o risco de revisão negativa de área e indica que a produção norte-americana possa atingir um recorde de 400 milhões de toneladas, superando a maior marca anterior de 389 milhões.
O vencimento maio/25 era cotado à US$ 4,60 com desvalorização de 15,00 pontos, o julho/25 valeu US$ 4,70 com perda de 13 pontos, o setembro/25 foi negociado por US$ 4,34 com baixa de 6,75 pontos e o dezembro/25 teve valor de US$ 4,44 com queda de 5,75 pontos.
Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última segunda-feira (28), de 3,15% para o maio/25, de 2,69% para o julho/25, de 1,53% para o setembro/25 e de 1,28% para o dezembro/25.
Mercado Brasileiro
Já no Brasil, o dia teve movimentações mistas para os preços futuros do milho ao longo do pregão da Bolsa Brasileira (B3).
As fortes quedas de ontem, com as primeiras posições recuando até 2%, estimularam algumas compras de pechincha nesta terça-feira, mas a expectativa de safra recorde nos Estados Unidos e a aproximação da colheita da safrinha no Brasil ainda impedem uma recuperação nas cotações.
Segundo a análise da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho deve seguir registrando dificuldades para evoluir as negociações, mas com um quadro baixista para os preços no horizonte.
“Com o avanço do plantio nos Estados Unidos e o clima favorável para o desenvolvimento das lavouras brasileiras, as cotações devem continuar caindo ao longo das próximas semanas. O recuo na Bolsa de Mercadorias de Chicago e a estabilidade do dólar frente ao real devem contribuir ainda mais com este cenário de retração”, avaliam os analistas da consultoria.
Mesmo diante da pressão, os preços estão em patamares superiores aos de anos anteriores, o que ajudou os produtores a avançarem na comercialização, como conta Silvésio de Oliveira, produtor rural em Tapurah no Mato Grosso.
O vencimento maio/25 foi cotado à R$ 76,40 com ganho de 1,07%, o julho/25 valeu R$ 67,33 com alta de 0,12%, o setembro/25 era negociado por R$ 68,02 com perda de 0,86% e o novembro/25 teve valor de R$ 70,70 com queda de 0,45%.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou quedas ao longo deste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorizações em Ubiratã/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Sorriso/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Eldorado/MS, Luís Eduardo Magalhães/BA e Cândido Mota/SP.
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