Milho recua até 1,4% em Chicago nesta terça-feira diante de rápido avanço do plantio nos EUA
A terça-feira (22) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro contabilizando movimentações negativas na Bolsa de Chicago (CBOT).
O mercado está acompanhando a aceleração no ritmo do plantio da nova safra nos Estados Unidos, que deve alcançar 50% nas próximas duas ou três semanas, antes do registrado no ano passado.
Na última segunda-feira (21), o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que 12% da safra já havia sido plantada até domingo (20), acima dos 4% da semana anterior e 10 pontos percentuais à frente da média dos últimos cinco anos. O índice também foi 2 pontos percentuais maior do que o esperado pelos analistas.
“A previsão de clima mais seco nas áreas que já estão com bom nível de umidade e chuvas nas regiões secas está favorecendo o avanço do plantio e desenvolvimento inicial. Este cenário retira prêmios de risco e pesa sobre os contratos futuros”, destaca a análise da Agrinvest.
O vencimento maio/25 foi cotado à US$ 4,75 com queda de 6,00 pontos, o julho/25 valeu US$ 4,83 com desvalorização de 6,75 pontos, o setembro/25 foi negociado por US$ 4,50 com perda de 6,75 pontos e o dezembro/25 teve valor de US$ 4,58 com baixa de 6,50 pontos.
Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última segunda-feira, de 1,25% para o maio/25, de 1,38% par ao julho/25, de 1,48% para o setembro/25 e de 1,40% para o dezembro/25.
Mercado Brasileiro
Na Bolsa Brasileira (B3), a terça-feira também foi de movimentações negativas para os preços futuros do milho. As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 69,92 e R$ 77,48.
As posições do cereal acompanharam as quedas registradas em Chicago e tiveram influência negativa extra da desvalorização do dólar frente ao real ao longo do dia.
Analistas da Agrinvest também destacam que o ritmo de comercialização está mais fraco nos últimos dias devido ao feriado prolongado no Brasil.
De acordo com a consultoria, as projeções para a produção da segunda safra seguem elevadas, podendo passar das 100 milhões de toneladas devido a melhora do clima em parte das regiões produtoras, com Sinop no Mato Grosso, que espera altas produtividades. Apesar disso, as condições seguem ruins em algumas localidades, como em Itambaracá no norte do Paraná e em Boa Esperança do Sul em São Paulo.
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O vencimento maio/25 foi cotado à R$ 77,48 com alta de 0,95%, o julho/25 valeu R$ 69,92 com perda de 1,10%, o setembro/25 foi negociado por R$ 70,12 com baixa de 1,03% e o novembro/25 teve valor de R$ 73,05 com queda de 0,59%.
Ainda nesta terça-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, os preços internos do milho voltaram a cair na semana passada na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea.
“A pressão veio da postura retraída de parte de compradores, que, agora, prefere consumir os estoques e se afastar das aquisições no spot, à espera de desvalorizações. Os demandantes ativos no spot ofertaram preços menores nas compras de novos lotes. Do lado dos vendedores, muitos estão focados nos trabalhos de campo e mostram certa flexibilidade nos valores e prazos para negociações”, relatam os pesquisadores do Cepea.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve recuos. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorizações em Campo Novo do Parecis/MT, Sorriso/MT e Porto de Santos/SP.
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