Milho recupera o fôlego e encerra 2ª feira com leves altas na B3; Chicago no misto
O mercado do milho teve um dia de intensa volatilidade na B3 nesta segunda-feira (31). O mercado observou os bons ganhos registrados pelos futuros do cereal na Bolsa de Chicago, ao mesmo tempo em que segue de olho na safrinha e na baixa do dólar frente ao real nesta primeira sessão da semana, tentando se equilibrar entre todos estes fatores.
Apesar da volatilidade, ainda como explica a Agrinvest Commdities, "o milho safrinha segue com níveis elevados para exportação, apesar da queda do câmbio. Isso ocorre porque o preço em reais por saca se manteve firme ou até subiu em algumas regiões. Esse quadro elevou o basis e o custo de originação, dificultando a margem do exportador. A diferença entre o custo de exportação e o mercado interno abriu espaço para a reversão de lotes, sendo redirecionados para o mercado doméstico".
Assim, a segunda-feira terminou com leves altas entre os contratos mais negociados, com o maio valendo R$ 77,68 e o setembro com R$ 71,55 por saca. Ao longo do dia, as cotações chegaram a operar no vermelho.
O que também limitou os ganhos na B3 foi a nova baixa do dólar frente ao real. A moeda americana perdeu 0,94% e fechou o dia com R$ 5,71.
BOLSA DE CHICAGO
Já na Bolsa de Chicago, os preços terminaram o dia com boas altas nos primeiros vencimentos, mas perdeu força e cedeu nos contratos mais longos. Assim, o maio terminou o dia com US$ 4,57 e alta de 4 pontos, enquanto o setembro recuou 0,50 ponto para US$ 4,34 por bushel.
O mercado, que já vinha aguardando pelo aumento de área de milho nos EUA para a nova temporada, encontrou suporte nos estoques trimestrais de milho alinhados às expectativas e também nas altas do trigo registradas neste primeiro pregão da semana.
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe, nesta segunda-feira (31), seu primeiro boletim com as primeira intenções oficiais de plantio para a safra 2025/26 - o Prospective Plantings - e confirmou a expectativas do mercado de área menor de milho, estimada em 38,57 milhões de hectares.
O número ficou dentro das expectativas do mercado, porém, acima da média do intervalo esperado, que era de 38,58 milhões de hectares. Em fevereiro, o USDA estimou, durante o Outlook Forum, 38,04 milhões de hectares dedicados ao cereal. Na safra anterior, a área de milho foi de 36,66 milhões de hectares.
Já os estoques trimestrais vieram em 207,05 milhões de toneladas, alinhado com a média do intervalo esperado pelo mercado. Há um ano, os estoques eram de 212,15 milhões de toneladas.
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