Apesar de área maior esperada nos EUA, milho sobe em Chicago nesta 2ª feira
Contrariando as expectativas de analistas e consultores de mercado para o momento pós-USDA, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago sobem na tarde desta segunda-feira (31). Perto de 13h45 (horário de Brasília), as cotações subiam de 0,25 a 4,25 pontos nos principais vencimentos, com o maio sendo cotado a US$ 4,57 e o setembro a US$ 4,36 por bushel.
O mercado, que já vinha aguardando pelo aumento de área de milho nos EUA para a nova temporada, encontrou suporte nos estoques trimestrais de milho alinhados às expectativas e também nas altas do trigo registradas neste primeiro pregão da semana.
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe, nesta segunda-feira (31), seu primeiro boletim com as primeira intenções oficiais de plantio para a safra 2025/26 - o Prospective Plantings - e confirmou a expectativas do mercado de área menor de milho, estimada em 38,57 milhões de hectares.
O número ficou dentro das expectativas do mercado, porém, acima da média do intervalo esperado, que era de 38,58 milhões de hectares. Em fevereiro, o USDA estimou, durante o Outlook Forum, 38,04 milhões de hectares dedicados ao cereal. Na safra anterior, a área de milho foi de 36,66 milhões de hectares.
Já os estoques trimestrais vieram em 207,05 milhões de toneladas, alinhado com a média do intervalo esperado pelo mercado. Há um ano, os estoques eram de 212,15 milhões de toneladas.
B3
Na B3, depois de começar o dia com boas altas, os preços perderam força e passaram a operar no vemelho, com perdas de 0,3% a 0,5% nas principais posições. A exceção era apenas o maio, que subia 0,9%, para ser cotado a R$ 77,86 por saca. O setembro, com baixa de 0,5%, tinha R$ 71,03.
O foco do mercado segue sendo a safrinha brasileira.
O clima ainda traz preocupação para algumas regiões produtoras importantes, como é o caso do Paraná, segundo maior estado produtor do cereal de segunda safra, que ainda precisa de chuvas. Há regiões onde já há perdas consolidadas sendo registradas pelos produtores, como é o caso também de São Paulo, Minas Gerais e partes de Goiás.
Assim, os traders permanecem atentos às mudanças nos mapas climáticos e aos impactos que as condições confirmadas vão tendo sobre as lavouras em desenvolvimento.
A demanda também tem se mostrado favorável e dando algum suporte aos preços. Todavia, o Cepea informou, nesta segunda-feira, que a liquidez diminui no mercado nacional, com os produtores reticentes em avançar com novos negócios.
0 comentário

Safrinha conta com boas condições climáticas e preços do milho no Brasil têm semana de queda; Chicago de olho no Corn Belt

Incentivada pelo bom desempenho da safrinha, StoneX eleva previsão para produção total de milho no Brasil para 132,4 mi ton

Milho de Chicago ainda busca sequência de 50 anos com preços estagnados

Milho: Mercado futuro finaliza a sessão desta 5ª feira em campo misto na CBOT

Milho: mercado futuro milho avança na sessão desta 5ª feira em Chicago

Novas vendas de exportação dos EUA ajudam e milho fecha quarta-feira com altas em Chicago