Milho: Mercado recua na B3 nesta 5ª feira, apesar de dólar ainda alta e ganhos fortes em Chicago
A quinta-feira (26) fechou com os preços do milho no vermelho na B3. Os futuros do cereal perderam de 0,04% a 0,3% entre os principais contratos, com o janeiro valendo R$ 73,20 e o maio, R$ 71,89 por saca. Os contratos mais alongados operam abaixo dos R$ 70,00, como o setembro - referência importante para a safrinha - sendo cotado a R$ 69,31. E as baixas vieram mesmo com boas altas do grão negociado na Bolsa de Chicago e do dólar voltando a subir frente ao real neste pregão.
A moeda americana conclui a movimentação desta sessão, mais uma vez, se aproximando dos R$ 6,20.
"No Brasil, os contratos mais curtos operam em queda, refletindo o tamanho da oferta em 2025", informa a Pátria Agronegócios em seu boletim diário.
A safra de verão vem se desenvolvendo bem - apesar de alguns pontos de atenção no cenário climático neste momento - e com boas perspectivas também para a safrinha 2025. Além disso, as exportações deste ano têm estado um pouco mais contidas, ao passo em que a oferta também é mais enxuta no mercado brasileiro.
Além disso, como explicaram os analistas da Agrinvest Commodities, "com o feriado de Natal, a semana tem sido de poucos negócios no mercado físico brasileiro. Compradores são estão no mercado para negócios pontuais e produtores estão com menor ritmo de ofertas, tentando postergar negócios para o começo do ano. É provável que vejamos uma desaceleração no farmer selling esta semana".
MERCADO INTERNACIONAL
Na Bolsa de Chicago, os futuros do milho terminaram o dia com altas de 4,50 a 6,50 pontos nos principais vencimentos, com o março valendo US$ 4,53 e o julho, US$ 4,63 por bushel.
Os ganhos que o trigo já registrou, bem como as commodities energéticas também deram apoio aos preços, porém, o milho subiu na carona das altas fortes da soja em grão e, principalmente, do farelo. "Os preços dos grãos na Bolsa de Chicago estão em alta devido ao enfraquecimento do dólar e, principalmente, pelas preocupações climáticas", afirma o time da Agrinvest Commodities.
A consultoria explica que há suporte vindo "da onda de calor e seca na América do Sul, prevista para os próximos 15 dias. A quebra na safra da Ucrânia e a ausência do Brasil nas exportações fortalecem a demanda por milho dos EUA, sustentando os preços".
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