Milho sobe mais de 1% em Chicago nesta 3ª feira, após relatório do USDA e futuros na B3 acompanham
O mercado do milho subiu mais de 1% na Bolsa de Chicago no pregão desta terça-feira (10), motivado pelo novo relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Uniddos). As altas passaram de 1% entre os contratos mais negociados - entre 6,50 e 7,50 pontos - levando o dezembro a US$ 4,40 e o maio a US$ 4,55 por bushel. O boletim trouxe menores estoques finais norte-americanos, ao passo em que as exportações e o uso do cereal para a produção de etanol foram revisados para cima. Além disso, o USDA ainda apontou uma diminuição nos estoques finais e produção global de milho.
"No nosso radar estava um aumento tanto das exportações quanto do consumo interno dos Estados Unidos de olho nas demandas da Espanha e na maior produção de etanol no país, o resultado veio aí: o USDA aumentou o consumo interno dos EUA em 1,2 milhão de toneladas e as exportações em 3,8 milhões. E poderíamos esperar esse número sim, já que as exportações seguem em ritmo mais rápido em 33% no comparativo ao ano passado. Como resultado os estoques finais ficaram em 44 milhões de toneladas, bem abaixo das estimativas de 48 e colocou milho Chicago pra cima", afirmaram os analistas de mercado da Royal Rural.
Ainda segundo os especialistas, "nos últimos relatórios, depois da vitória de Donald Trump, o USDA não anda com medo em fazer incrementos que favorecem o consumo nos EUA. Mas, seguindo com o relatório, outro ponto de atenção se deu no consumo interno do Brasil, que teve incremento de dois milhões de toneladas, e parte desse ganho deve estar ligado ao aumento da produção de etanol de milho no país. Além disso, o corte nada bom veio da China , que mais uma vez diminuiu a sua importação para em 14 milhões de toneladas, um desfavorecimento e tanto as exportações brasileira no próximo ano".
MERCADO BRASILEIRO
Assim, na B3, os futuros acompanharam as altas em Chicago e também subiram mais 1% nesta terça. Antes do USDA, o mercado acompanhava a estabilidade que se registrava em Chicago. De outro lado, o que limitou os ganhos no mercado futuro brasileiro foi o dólar em queda. A moeda americana encerrou o dia com baixa de 0,6% para R$ 6,05.
Os preços do cereal voltaram a testar patamares acima dos R$ 70,00 por saca, com o janeiro voltando aos R$ 75,84, o março a R$ 74,22 e o maio a R$ 73,18 por saca. Nos vencimentos mais alongados, os preços estão ligeiramente abaixo dos R$ 70,00, mas se recuperando. O julho encerrou o dia com R$ 69,55 e o setembro com R$ 69,50/saca.
Segundo os analistas de mercado da Agrinvest Commodities, esta recente recuperação do milho na B3, as altas em Chicago e o dólar subindo deram espaço para o avanço da comercialização da safrinha 2025, além de boas margens podendo ser capturadas pelos produtores brasileiros.
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