Com dólar enfraquecido nesta 3ªfeira, cotações do milho voltam a recuar na B3
A terça-feira (03) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações levemente negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 72,30 e R$ 68,20, voltando a recuar após dois pregões consecutivos de altas.
De acordo com a análise da Agrinvest, em um dia de dólar mais estável, os contratos mais curtos do milho acabaram sofrendo ligeira pressão na B3, já que as últimas valorizações registradas estão bastante ligadas à valorização do dólar ante do real.
“O milho brasileiro da B3 já está em ritmo de fim de ano. Ontem estava um pouco acima dos R$ 72,00 com o dólar maior, hoje com o dólar um pouco mais fraco e Chicago um pouco mais fraco ele segue essa lógica”, explica o Consultor de Mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho ainda teve mais altas do que baixas neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização apenas em Castro/PR e Rio do Sul/SC, já as valorizações apareceram em Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Sorriso/MT, Jataí/GO e Rio Verde/GO.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
Segundo a análise da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho teve uma terça-feira de preços sustentados. “O âmbito consumidor tenta derrubar as cotações, já com estoques confortáveis no curto prazo. Contudo, a alta histórica do dólar registrada recentemente limita esse processo, uma vez que incentiva os negócios voltados à exportação”.
O Consultor da Safras & Mercado, Paulo Molinari, destaca que o mercado brasileiro de milho abriu a semana dando sinais de acomodação, mas ainda com preços firmes. “Boa parte dos consumidores está posicionado com estoques e procurando derrubar preços. Mas há firmeza nas cotações nos portos, com o dólar elevado e com programação de embarques, o que também é sentido no mercado físico ao produtor”.
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No fechamento desta terça-feira na B3, o vencimento janeiro/25 foi cotado à R$ 72,30 com queda de 0,33%, o março/25 valeu R$ 71,85 com perda de 0,54%, o maio/25 foi negociado por R$ 71,35 com desvalorização de 0,57% e o julho/25 teve valor de R$ 68,20 com baixa de 0,28%.
Mercado Externo
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços internacionais do milho futuro também finalizaram as atividades desta terça-feira com movimentações levemente negativas.
“O milho trabalhou em alta de manhã e depois entrou em uma fase de busca de lucros técnicos e sem dar sinais de seguir nem com altas e nem com baixas. O mercado segue com um suporte importante nos US$ 4,20 e continua tendo a resistência de US$ 4,50 até julho de 2025”, aponta Brandalizze.
Os analistas da Agrinvest apontam também que, apesar de as vendas de exportação dos Estados Unidos na temporada 24/25 estarem bem acima do ano anterior, o México, maior comprador de milho norte-americano, reduziu suas aquisições após a vitória de Trump.
“Na China, o milho enfrenta pressão com preços internos em queda devido ao aumento das vendas dos produtores e à demanda limitada das indústrias. Esses fatores, somados à pressão sobre os preços da soja, limitam novas altas para o cereal”, pontua a consultoria.
O vencimento dezembro/24 foi cotado à US$ 4,23 com desvalorização de 1,25 pontos, o março/25 valeu US$ 4,32 com baixa de 0,25 pontos, o maio/25 foi negociado por US$ 4,38 com perda de 1,00 ponto e o julho/25 teve valor de US$ 4,40 com queda de 1,25 pontos.
Esses índices representaram recuos, com relação ao fechamento da última segunda-feira (02), de 0,29% para o dezembro/24, de 0,06% para o março/25, de 0,23% para o maio/25 e de 0,28% para o julho/25.
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