De olho no clima do Brasil, milho sobe na B3 nesta 2ªfeira e acumula valorização mensal de 7,99%
A segunda-feira (30) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações levemente positivas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 68,90 e R$ 70,52 e encerraram o mês de setembro acumulando avanços de até 7,99%.
O vencimento novembro/24 foi cotado à R$ 68,90 com ganho de 0,29%, o janeiro/25 valeu R$ 71,24 com alta de 0,06%, o março/25 foi negociado por R$ 72,00 com elevação de 0,15% e o maio/25 teve valor de R$ 70,52 com queda de 0,30%.
No acumulado mensal, os contratos do cereal brasileiro contabilizaram valorizações de 2,27% para o setembro/24, de 7,99% para o novembro/24, de 5,90% para o janeiro/25, de 2,99% para o março/25 e de 0,87% para o maio/25, em relação ao fechamento do dia 30 de agosto.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve um primeiro dia da semana positivo. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização somente em Castro/PR. Já as valorizações apareceram em Não-Me-Toque/RS, Nonoai/RS, Palma Solva/SC, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Sorriso/MT, Dourados/MS, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
A análise da Agrivnest destaca que, os futuros de milho na B3 operavam em leve queda nesta segunda-feira, mas reverteram o cenário na parte da tarde, após a divulgação do relatório de estoques do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que mostrou estoques finais da temporada 23/24 abaixo do esperado.
“No Brasil, as preocupações com o clima e o atraso no plantio da soja, que pode afetar o milho safrinha 2025, continuam sustentando o preço do milho no mercado físico e futuro”, acrescentam os analistas da consultoria.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, o movimento de alta nos preços do milho voltou a ser verificado em praticamente todas as regiões acompanhadas pelo Cepea.
“O impulso vem sobretudo da retração de vendedores, que estão priorizando os trabalhos de campo e atentos ao clima quente e seco em partes das praças produtoras de safra verão. Ressalta-se que muitos agricultores já finalizaram a colheita da segunda safra 2023/24 neste mês e conseguiram armazenar a produção. Agora, esses agentes limitam a oferta no spot, à espera de novas valorizações. Demandantes, por sua vez, têm aumentado as intenções de compra, mas se esbarram nos maiores preços pedidos pelos vendedores ativos. Nesse cenário, o ritmo de negócios está lento no mercado spot nacional”, dizem os pesquisadores do Centro de Pesquisas.
Mercado Externo
Na Bolsa de Chicago (CBOT), a segunda-feira foi um dia de pregão positivo para os preços internacionais do milho futuro, que avançaram 1,6% ao longo do dia e acumularam altas de até 5,9% ao longo de setembro.
O vencimento dezembro/24 foi cotado à US$ 4,24 com valorização de 6,75 pontos, o março/24 valeu US$ 4,41 com alta de 6,25 pontos, o maio/25 foi negociado por US$ 4,50 com ganho de 6,00 pontos e o julho/25 teve valor de US$ 4,55 com elevação de 5,25 pontos.
Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última sexta-feira (27), de 1,61% para o dezembro/24, de 1,44% para o março/25, de 1,35% para o maio/25 e de 1,17% para o julho/25.
No acumulado mensal, os contratos do cereal norte-americano registraram valorizações de 3,17% para o setembro/24, de 5,92% para o dezembro/24, de 5,31% para o março/25, de 5,25% para o maio/25 de 2,19% para o julho/25, com relação ao fechamento do dia 30 de agosto.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho saltaram mais alto após o relatório trimestral de estoques do USDA, depois que as estimativas de estoque de milho da agência chegaram a 84 milhões de bushels abaixo das estimativas dos analistas, o que desencadeou uma rodada de compras técnicas na segunda-feira.
“No último relatório trimestral de estoques do USDA, a agência mostrou que os estoques de milho da safra antiga subiram 29% em relação ao ano anterior para 1,76 bilhão de bushels. No entanto, isso ainda estava abaixo da estimativa média de negociação de 1,844 bilhão de bushels”, relata Ben Potter, analista da Farm Futures.
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