Milho fecha 6ªfeira levemente positivo, mas acumula perdas de até 2,6% ao longo da semana
A sexta-feira (09) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações próximas da estabilidade na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 60,23 e R$ 68,20, após se movimentarem em campo misto, mas acumularam desvalorizações semanais.
O vencimento setembro/24 foi cotado à R$ 60,23 com ganho de 0,23%, o novembro/24 valeu R$ 63,63 com alta de 0,05%, o janeiro/25 foi negociado por R$ 66,86 com elevação de 0,15% e o março/25 teve valor de R$ 68,20 com perda de 0,19%.
Já no acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro registraram perdas de 2,59% para o setembro/24, de 2,60% para o novembro/24, de 1,82% para o janeiro/25 e de 2,53% para o março/25.
O Consultor de Grãos e Projetos na Agrifatto, Stefan Podsclan, aponta que a safra de milho 2023/24 começou com bastante incerteza, mas vai se encaminhando para o final da colheita como a segunda maior safrinha da história do país, com produção próxima de 95 milhões de toneladas.
Na visão do consultor, o segundo semestre de 2024 deve trazer um aumento na demanda pelo milho brasileiro, tanto do mercado internacional com as exportações quanto do mercado nacional com rações e etanol, e isso pode trazer algum suporte aos preços do cereal no Brasil, porém, um cenário de oferta confortável ainda deve manter uma certa pressão nas cotações.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho oscilou entre altas e baixas neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorizações em Marechal Cândido Rondon/PR, Maracaju/MS, Campo Grande/MS e Eldorado/MS. Já as desvalorizações apareceram em Sorriso/MT, Jataí/Go, Rio Verde/GO, Cândido Mota/SP e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
Na análise da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho registrou preços sustentados ao longo da semana e negócios bastante travados. “Houve pouca fixação de oferta para venda por parte dos produtores, o que manteve os compradores cautelosos, aguardando um novo viés de queda no preço para retomar as aquisições”.
“A limitada disponibilidade de oferta na semana levou em conta as especulações dos produtores com a paridade de exportação, que indicou preços para o porto de Santos de R$ 64,00 para a saca em setembro”, acrescenta a consultoria.
Mercado Externo
Na Bolsa de Chicago (CBOT) os preços internacionais do milho futuro finalizaram a sexta-feira com movimentações negativas e acumularam também perdas semanais.
O vencimento setembro/24 foi cotado à US$ 3,76 com desvalorização de 2,50 pontos, o dezembro/24 valeu US$ 3,95 com baixa de 2,00 pontos, o março/25 foi negociado por US$ 4,12 com perda de 2,00 pontos e o maio/25 teve valor de US$ 4,24 com queda de 2,00 pontos.
Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (08), de 0,66% para o setembro/24, de 0,50% para o dezembro/24, de 0,48% para o março/25 e de 0,47% para o maio/25.
No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano contabilizaram desvalorizações de 2,52% para o setembro/24, de 2,05% para o dezembro/24, de 1,96% para o março/25 e de 1,85% para o maio/25.
Stefan Podsclan ressalta que a safra de milho dos Estados Unidos veio se desenvolvendo muito bem, o que aliado a estoques elevados nos EUA, segue pressionando as cotações na Bolsa de Chicago.
Com a colheita do milho começando pontualmente em alguns estados, Podsclan acredita em uma nova vertente negativa chegando às cotações internacionais.
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