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Colheita do milho salta para 77% no Mato Grosso do Sul com 51 pontos a frente da safra passada, aponta Aprosoja

Publicado em 07/08/2024 07:30 e atualizado em 07/08/2024 08:16
Produção de milho sul-mato-grossense já foi cortada em 19% e deve ser novamente revisada para baixo

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A  Aprosoja/MS divulgou seu Boletim Semanal da Casa Rural, indicando novos reportes sobre as lavouras do estado.  De acordo com o levantamento, os trabalhos de colheita da segunda safra de milho saíram dos 65,9% registrados até a semana anterior para 77,9% do total semeado. Este índice é 51,7 pontos percentuais superior ao contabilizado no mesmo período de 2023.    

colheita milho aprosoja ms

Olhando para as lavouras ainda em campo, os técnicos da Aprosoja classificaram 39,4% das áreas como boas, 26% como regulares e 34,6% como ruins. Esses índices vieram em linha com os registrados na semana anterior que eram de 39,5% de boas, 26% médias e 34,5% ruins.      

Os destaques negativos são a região Sul-Fronteira, que tem 59% das lavouras consideradas ruins, Sudoeste com 51,9% e Sudeste com 46,1%. Por outro lado, Nordeste tem 86% das áreas classificadas como boas, Norte 74% e Oeste 58%.     

“O destaque dos últimos dias é o tempo seco e quente, onde foram observados valores de temperatura máxima de 38,2°C em Corumbá e umidade relativa do ar de 15% no município de Coxim no dia 04 de agosto de 2024”, aponta o relatório.       

Após uma amostragem de 10% (221.800 hectares) da área estimada, a produção inicialmente esperada de 11,485 milhões de toneladas foi reduzia em 19,1%, ficando agora em 9,285 milhões de toneladas, 34,7% a menos do que a safra passada. Já a produtividade é prevista em 69,77 sacas por hectare, indicando uma retração de 30,7%.  

“O estresse hídrico foi a principal causa da perda de potencial produtivo na segunda safra de milho de 2023/2024. Esta condição adversa impactou uma área total de 768 mil hectares no estado de Mato Grosso do Sul. Os períodos de seca ocorreram inicialmente entre março e abril, com duração de 10 a 30 dias de estresse hídrico. Mais recentemente, entre abril e julho, o estado enfrentou um total de 90 dias sem chuva. Notavelmente, a região norte do estado já está há mais de 100 dias sem precipitação. Além das baixas produtividades registradas no campo, também observamos perdas totais da produção, onde o produtor acaba passando o rolo faca, pois a colheita não compensa”, explica a associação.  

A publicação ressalta, por fim, que “é crucial enfatizar que esses dados são preliminares, pois a amostragem das áreas continua, com conclusão agendada para 13 de setembro”. 

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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