Milho fecha 5ªfeira recuado 1% na B3 seguindo Chicago, mas segurado por dólar e prêmio
A quinta-feira (18) chega ao final confirmando movimentações negativas para os preços futuros do milho na Bolsa Brasileira (B3). Após dois pregões acumulando elevações, as principais cotações recuaram ao redor de 1% e flutuaram na faixa entre R$ 58,25 e R$ 68,95.
O vencimento setembro/24 foi cotado à R$ 58,25 com desvalorização de 1,29%, o novembro/24 valeu R$ 62,25 com queda de 1,03%, o janeiro/25 foi negociado por R$ 65,85 com perda de 0,83% e o março/25 teve valor de R$ 68,95 com baixa de 0,36%.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve movimentações positivos neste penúltimo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não identificou desvalorização em nenhuma das praças, mas percebeu valorizações em Londrina/PR, Sorriso/MT e Dourados/MS.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira
De acordo com a análise da Agrivnest, com o milho em Chicago recuando mais de 1%, os preços do cereal aqui na B3 também acabam sendo pressionados. Porém, as perdas foram limitadas devido a um dólar mais forte nesta quinta-feira.
“Os prêmios do milho estão se firmando no Brasil e à medida que a colheita avança, especialmente nesta semana em que os preços estão mais firmes com o dólar subindo novamente. Isso também favorece os preços de exportação do cereal, se tornando mais competitivos e gerando mais interesse aos compradores”, relatam os analistas da Agrinvest.
O Analista de Mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, também destaca uma melhora nos preços do milho nos portos brasileiros ao longo do dia.
“Os preços estão positivos por causa dos prêmios entre US$ 1,00 e US$ 1,10 por bushel. Com isso os portos começam hoje em R$ 59,00 e vão até R$ 60,00 ou R$ 61,00. As posições melhorando entre R$ 0,50 e R$ 1,00 com relação à ontem mesmo em um dia que o mercado de Chicago está em queda”, diz Brandalizze.
Mercado Externo
Na Bolsa de Chicago (CBOT), a quinta-feira também foi um dia de movimentações negativas para os preços internacionais do milho futuro, que recuaram até 1,7% neste pregão.
O vencimento setembro/24 foi cotado à US$ 3,91 com desvalorização de 6,75 pontos, o dezembro/24 valeu US$ 4,05 com perda de 6,75 pontos, o março/25 foi negociado por US$ 4,18 com baixa de 6,25 pontos e o maio/25 teve valor de US$ 4,28 com queda de 6,25 pontos.
Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última quarta-feira (17), de 1,70% para o setembro/24, de 1,64% para o dezembro/24, de 1,47% para o março/25 e de 1,44% para o maio/25.
Segundo Vlamir Brandalizze, a quinta-feira foi um dia de troca de posições para os investidores em Chicago, que venderam posições de milho para comprar na soja.
“O mercado de milho mostrou uma troca de posições porque a safra americana vai bem, com potencial de mais de 375 milhões de toneladas, é uma safra cheia. Como no caso do milho não teve notícia nova de demanda como teve da soja, vende posição de milho e compra da soja que está positivo no dia e apostar no day trade negativo do milho, tentar jogar ele um pouco mais para baixo”, explica.
Mas na visão do analista, essa tendência não deve ser duradoura e as cotações do milho devem voltar a subir nos próximos dias. “Apostam no fundo do poço hoje para amanhã recomprar e aí reverter essas posições novamente e o milho volta a subir um pouco. O milho está muito barato, nesses patamares o produtor americano está com a margem operacional muito negativa perdendo, no mínimo, US$ 0,40 ou US$ 0,50 por bushel e ele não vai vender”, concluí Brandalizze.
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