Milho fecha 2ªfeira recuando em Chicago com mercado de olho em grande oferta
A segunda-feira (24) chega ao final com os preços futuros do milho se movimentando no campo misto da Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 57,80 e R$ 67,86.
O vencimento julho/24 foi cotado à R$ 57,80 com alta de 0,35%, o setembro/24 valeu R$ 60,76 com ganho de 0,43%, o novembro/24 foi negociado por R$ 64,31 com queda de 0,29% e o janeiro/25 teve valor de R$ 67,86 com elevação de 0,16%.
O Analista de Mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, destaca que passando o mês de setembro de 2024 o mercado do milho deve mudar e se apresentar em outro cenário para o produtor brasileiro.
“A B3 está seguindo a colheita. Está chegando muito milho, é a colheita mesmo que já estamos chegando em uns 40% colhido. Muito milho chegando e esse primeiro milho é o milho melhor, com volume de produtividade melhor, então ele pressiona”, diz Brandalizze.
Nesta segunda-feira (24), a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) informou que o volume embarcado de milho não moído (exceto milho doce) alcançou 636.946,8 toneladas até a terceira semana de junho. O volume representa 61,58% do total exportado no mês de junho do ano passado, que ficou em 1.034.282 toneladas.
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A média diária de embarques nestes 15 primeiros dias de junho/24 ficou em 42.463,1 toneladas, representando queda de 13,8% com relação a média diária embarcadas de junho do ano anterior, em ficou em 49.251,5 toneladas.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve poucas alterações neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorização somente e Sorriso/MT e desvalorização apenas nas praças de Itapetininga/SP e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, as colheitas da primeira e segunda safra de milho continuam avançando em ritmo mais acelerado na comparação com o ano anterior, favorecidas pelo clima quente e seco na maior parte das regiões produtoras.
“Apesar do aumento de oferta, levantamento do Cepea mostra que os negócios seguem lentos no spot nacional. De um lado, tem-se o menor interesse de consumidores, que aguardam maiores desvalorizações com o andamento da colheita e/ou priorizam o recebimento dos lotes negociados antecipadamente. E, de outro, há a retração de vendedores de algumas regiões, que focam a colheita e seguem atentos à possível queda de produtividade devido ao clima adverso durante o desenvolvimento”, conforme relatam pesquisadores do Cepea.
O Cepea ressalta, ainda, que produtores também esperam aumento da demanda externa para as próximas semanas.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro finalizaram o pregão desta segunda-feira com movimentações levemente negativas na Bolsa de Chicago (CBOT).
O vencimento julho/24 foi cotado à US$ 4,33 com desvalorização de 1,50 pontos, o setembro/24 valeu US$ 4,39 com perda de 1,00 ponto, o dezembro/24 foi negociado por US$ 4,51 com baixa de 1,50 pontos e o março/25 teve valor de US$ 4,63 com queda de 0,75 pontos.
Esses índices representaram, perdas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (21) de 0,34% para o julho/24, de 0,23% para o setembro/24, de 0,33% par ao dezembro/24 e de 0,16% para o março/25.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho passaram por uma sessão instável, fechando com perdas modestas após uma rodada de vendas técnicas na segunda-feira.
“Os comerciantes estão geralmente preocupados com a grande oferta doméstica e com um aumento esperado nas plantações quando o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgar seu relatório de área plantada na sexta-feira", relata Ben Potter, analista da Farm Futures.
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