Milho fecha a 4ªfeira em queda na B3, mas cenário à frente se desenha melhor
A quarta-feira (05) chegou ao final com os preços futuros do milho contabilizando novas movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 56,44 e R$ 67,78 após recuarem até 1%.
O vencimento julho/24 foi cotado à R$ 56,44 com desvalorização de 1,07%, o setembro/24 valeu R$ 60,20 com queda de 0,25 pontos, o novembro/24 foi negociado por R$ 63,84 com perda de 0,42% e o janeiro/24 teve valor de R$ 67,78 com baixa de 0,51%.
Na visão do Analista de Mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as posições do milho na B3 recuaram sob influência da queda dos preços em Chicago e do avanço da colheita da segunda safra brasileira, que deve ganhar ritmo nos próximos dias.
Porém, o analista segue acreditando em cenário mais positivo para os preços brasileiro mais à frente. “Não vai ter milho suficiente para atender os três mercados que vamos ter no segundo semestre. É milho exportação, o pessoal vai vir para o mercado para comprar, é milho para o setor de ração com recorde histórico de demanda e é o milho etanol, também recorde histórico de milho para uso no etanol. Então o mercado para frente é diferente do mercado para curto prazo”, destaca Brandalizze.
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No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve um meio de semana de altos e baixos. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identifico valorização em Sorriso/MT e Luís Eduardo Magalhães/BA, enquanto as desvalorizações apareceram em São Gabriel do Oeste/MT, Maracaju/MS e Campo Grande/MS.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira
A análise da SAFRAS & Mercado aponta que o mercado brasileiro de milho teve uma quarta-feira de fraqueza nos preços. “Assim como nas últimas semanas, os agentes devem seguir adotando uma postura retraída, arrastando o ambiente de comercialização e pressionando as cotações”.
A consultoria acrescenta que as negociações seguem travadas em várias localidades do Brasil no mercado brasileiro de milho, a exemplo do Paraná e São Paulo. “A postura dos consumidores segue inalterada, retraídos, mostrando tranquilidade em relação a estoques e aguardando preços mais fracos em breve, assim que entrarem maiores volumes da safrinha no mercado. Por outro lado, os produtores começam a mostrar maior interesse nas tratativas e já se nota a entrada de uma quantidade maior de lotes para negociações e com preços mais baixos no mercado”.
Mercado Externo
Na Bolsa de Chicago (CBOT), a quarta-feira também foi de movimentações negativas para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento julho/24 foi cotado à US$ 4,39 com desvalorização de 3,25 pontos, o setembro/24 valeu US$ 4,45 com perda de 2,50 pontos, o dezembro/24 foi negociado por US$ 4,59 com baixa de 3,00 pontos e o março/25 teve valor de US$ 4,72 com perda de 2,75 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última terça-feira (04), de 0,73% para o julho/24, de 0,56% para o setembro/24, de 0,65% para o dezembro/24 e de 0,58% para o março/25.
Segundo informações da consultoria Agrinvest, a queda do milho em Chicago foi puxada por perdas registradas nas cotações do trigo nesta quarta-feira.
“O mercado foi pressionado pela entrada da safra de trigo do Hemisfério Norte. Apesar de hoje termos visto mais um corte na produção de trigo da Rússia para a temporada 24/25, o fim da entressafra e aquecimento na oferta de trigo em importantes players exportadores como EUA, Canadá e Europa, acabam fazendo os preços serem corrigidos das altas recentes”, dizem os analistas da Agrinvest.
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