Milho fecha a segunda-feira com altas de mais de 2% na B3

Publicado em 20/05/2024 16:42
Chicago também registrou elevações de até 1,8% no primeiro pregão da semana

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A segunda-feira (20) chega ao final com os preços futuros do milho se posicionando no campo positivo da Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações subiram mais de 2% e flutuaram na faixa entre R$ 59,40 e R$ 69,20. 

O vencimento julho/24 foi cotado à R$ 59,40 com ganho de 1,37%, o setembro/24 valeu R$ 63,08 com valorização de 2,30%, o novembro/24 foi negociado por R$ 66,01 com elevação de 2,14% e o janeiro/24 teve valor de R$ 69,20 com alta de 1,62%. 

De acordo com a análise da Agrinvest, o milho operou em alta nesta segunda-feira na B3 sustentado por um dólar mais forte e pelas grandes elevações vindas de Chicago.  

“A alta do milho está associada às preocupações com a oferta de trigo na região do Mar Negro. Correm por fora também, preocupações com a navegabilidade das embarcações nas águas do mar Negro, já que a guerra entre Rússia e Ucrânia parece estar escalando novamente”, apontam os analistas da Agrinvest. 

Nesta segunda-feira (20), a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) informou que o volume embarcado de milho não moído (exceto milho doce) alcançou 162.299,8 toneladas. O volume representa 42,16% do total exportado no mês de maio do ano passado, que ficou em 384.884,8 toneladas.    

Leia mais:

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A média diária de embarques nestes 12 dias de maio/24 ficou em 13.525 toneladas, representando queda de 22,7% com relação a média diária embarcadas de abril do ano anterior, em ficou em 17.494,8 toneladas.      

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve movimentos positivos neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorizações em Jataí/GO, Rio Verde/GO, Maracaju/MS, Campo Grande/MS e Itapetininga/SP, enquanto apenas a praça de Sorriso/MT registrou desvalorização. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira 

Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que produtores seguem atentos ao campo e aos possíveis impactos do clima sobre a produção de milho, enquanto as enchentes prejudicam lavouras no Rio Grande do Sul, o tempo quente e seco no Paraná, São Paulo e sul de Mato Grosso do Sul preocupam agricultores.  

“Poucos vendedores vêm disponibilizando novos lotes no spot, sustentando os preços do cereal em um cenário de demanda enfraquecida. A maior parte dos compradores está afastada, à espera da entrada de maiores volumes. A colheita de milho segunda safra começou no Paraná, Mato Grosso e Goiás e em algumas áreas de Minas Gerais e de São Paulo. Apesar de preocupações e de possibilidade de reajustes na oferta nacional, estimativas seguem apontando safra volumosa no Brasil”, aponta o levantamento do Cepea. 

Mercado Externo 

Os preços internacionais do milho futuro finalizaram o pregão desta segunda-feira contabilizando movimentações positivas na Bolsa de Chicago (CBOT). 

O vencimento julho/24 foi cotado à US$ 4,60 com alta de 8,00 pontos, o setembro/24 valeu US$ 4,71 com valorização de 8,50 pontos, o dezembro/24 foi negociado por US$ 4,84 com elevação de 7,75 pontos e o março/24 teve valor de US$ 4,96 com ganho de 7,25 pontos. 

Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (17), de 1,77% para o julho/24, de 1,84% para o setembro/24, de 1,63% para o dezembro/24 e de 1,48% para o março/24. 

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho subiram 1,75% após uma rodada de compras técnicas na segunda-feira que foi parcialmente estimulada pelo ritmo de plantio mais lento desde 2019.  

Antes do relatório de progresso da safra do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) desta tarde, os analistas esperam que a agência mostre que as plantações de milho passaram de 49% concluídas há uma semana para 68% até 19 de maio. As estimativas comerciais individuais variaram entre 63% e 73%. 

A publicação ainda destaca que o apoio do trigo também contribuiu para o sentimento de alta de hoje. 

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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