Cotações do milho sobem mais de 1,5% e nov/24 já chega em R$ 66,00 na B3

Publicado em 13/05/2024 16:43
Chicago também sobe antes do USDA

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A segunda-feira (13) chega ao final com os preços futuros do milho acumulando novas movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 58,70 e R$ 66,14, após subirem mais de 1,5%. 

O vencimento maio/24 foi cotado à R$ 58,70 com alta de 1,38%, o julho/24 valeu R$ 59,86 com elevação de 1,54%, o setembro/24 foi negociado por R$ 63,45 com valorização de 1,76% e o novembro/24 teve valor de R$ 66,14 com ganho de 1,26%. 

Para o Analista de Mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, com a B3 já trabalhando nos R$ 66,00, é possível esperar que os preços cheguem aos R$ 70,00 no pico para as cotações em 2024. 

“Agora vem a safra e no pico da safra a colheita pressiona e não há folego, mas tem ambiente para subir mais ao longo dos meses. Aí o folego vai estar atrelado ao mercado de exportação, se realmente a exportação vier a pagar melhor atrelado à problemas nos Estados Unidos, na Ucrânia, na Rússia e na China”, diz Brandalizze. 

Nesta segunda-feira (13), a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) informou que o volume embarcado de milho não moído (exceto milho doce) alcançou 96.649,5 toneladas. O volume representa 25,11% do total exportado no mês de maio do ano passado, que ficou em 384.884,8 toneladas.   

A média diária de embarques até a segunda semana de maio/24 ficou em 13.807,1 toneladas, representando queda de 21,1% com relação a média diária embarcadas de abril do ano anterior, em ficou em 17.494,8 toneladas.     

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho oscilou entre perdas e ganhos neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorizações em Sorriso/MT, São Gabriel do Oeste/MS e Campinas/SP, enquanto encontrou valorizações em Londrina/PR, Jataí/GO e Rio Verde/GO. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira 

Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, os preços do milho estão mais firmes neste começo de maio.  

“Muitos produtores se afastaram do mercado e aqueles ativos pedem valores maiores. Estes vendedores estão atentos a impactos do clima sobre importantes regiões produtoras”, dizem os pesquisadores do Cepea.  

Conforme pesquisas do Centro, enquanto no Rio Grande do Sul as chuvas em excesso prejudicam e até mesmo comprometem lavouras, no Centro-Oeste e no Sudeste, as elevadas temperaturas e o tempo seco têm preocupado agentes.  

“Do lado da demanda, compradores tentam adquirir novos lotes do cereal a preços menores, fundamentados na possibilidade de aumento na oferta, por conta da colheita da segunda safra em Mato Grosso e Goiás, prevista para se iniciar ainda neste mês, e da consequente necessidade de vendedores liberarem os armazéns”, diz o Cepea. 

Mercado Externo 

Os preços internacionais do milho futuro também finalizaram o pregão desta segunda-feira com movimentações positivas na Bolsa de Chicago (CBOT). 

O vencimento maio/24 foi cotado à US$ 4,58 com valorização de 2,75 pontos, o julho/24 valeu US$ 4,72 com ganho de 2,75 pontos, o setembro/24 foi negociado por US$ 4,81 com alta de 1,75 pontos e o dezembro/24 teve valor de US$ 4,93 com elevação de 1,00 ponto. 

Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última sexta-feira (10), de 0,60% para o maio/24, de 0,59% para o julho/24, de 0,36% para o setembro/24 e de 0,20% para o dezembro/24. 

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho registaram ganhos moderados numa ronda de compras técnicas que foi parcialmente estimulada por previsões úmidas que poderão levar a mais atrasos no plantio em algumas áreas.  

Antes do relatório de progresso da safra do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) desta tarde, os analistas esperam que a agência mostre que as plantações de milho passaram de 36% de conclusão na semana anterior para 49% até 12 de maio. As estimativas comerciais individuais variaram entre 44% e 53%. 

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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