Preço do milho acumula alta semanal de até 3,8% na B3
A sexta-feira (10) chega ao final com os preços futuros do milho perdendo força ao longo do pregão e encerrando as atividades do dia com movimentações próximas da estabilidade na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 57,90 e R$ 65,32, acumulando valorizações de até 3,8% na semana.
O vencimento maio/24 foi cotado à R$ 57,90 com queda de 0,12%, o julho/24 valeu R$ 58,95 com estabilidade, o setembro/24 foi negociado por R$ 62,35 com alta de 0,02% e o novembro/24 teve valor de R$ 65,32 com elevação de 0,23%.
No acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro registraram valorizações de 1,26% para o maio/24, de 1,29% para o julho/24, de 3,85% para o setembro/24 e de 3,52% para o novembro/24, em relação ao fechamento da última sexta-feira (03).
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve resultados positivos neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não identificou desvalorização em nenhuma das praças, mas percebeu valorizações em Castro/PR, Pato Branco/PR, Sorriso/MT e São Gabriel do Oeste/MS.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com o Analista de Mercado da Céleres Consultoria, Enilson Nogueira, a semana foi de sustentação para os preços do milho no Brasil com apoio das movimentações cambiais e tensão sobre a oferta local com a situação do Rio Grande do Sul. Porém, está sustentação dos preços é passageira e os próximos 30-60 dias deverão ser de pressão nas cotações, com a sazonalidade da colheita da segunda safra avançando no país.
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Olhando mais à frente, o analista relata que, passado esse momento de colheita, a perspectiva é de retomada de alta nas cotações, com a forte demanda do etanol de milho e das proteínas animais sustentando os preços e dando boas condições de comercialização, especialmente na virada de 2024 para 2025.
Mercado Externo
Na Bolsa de Chicago (CBOT) os preços internacionais do milho futuro também tiveram um pregão altista nesta sexta-feira e acumularam flutuações positivas ao longo da semana.
O vencimento maio/24 foi cotado à US$ 4,55 com elevação de 13,00 pontos, o julho/24 valeu US$ 4,69 com valorização de 13,25 pontos, o setembro/24 foi negociado por US$ 4,80 com alta de 13,00 pontos e o dezembro/24 tinha valor de US$ 4,92 com ganho de 12,00 pontos.
Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última quinta-feira (09), de 2,94% para o maio/24, de 2,90% para o julho/24, de 2,78% para o setembro/24 e de 2,50% para o dezembro/24.
No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano registraram valorizações de 1,96% para o maio/24, de 2,06% para o julho/24, de 2,29% para o setembro/24 e de 1,92% para o dezembro/24, em relação ao fechamento da última sexta-feira (03).
Segundo Nogueira, a alta do trigo e o relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) desta sexta-feira mostrando menos área e menos produção de milho nos EUA foram os fatores de sustentação da Bolsa de Chicago neste momento.
Por outro lado, a previsão de aumento dos estoques finais de milho nos EUA é fator de baixa para as cotações no médio e longo prazo. Nogueira ainda ressalta que, nos próximos 2 ou 3 meses o mercado climático norte-americano terá total atenção e problemas no plantio/desenvolvimento da safra podem trazer volatilidade às cotações.
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