Milho volta às mínimas de 3 anos em Chicago e fecha 4ªfeira em baixa
A quarta-feira (21) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações levemente negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 64,30 e R$ 64,73.
O vencimento março/24 foi cotado à R$ 64,39 com queda de 0,59%, o maio/24 valeu R$ 64,73 com perda de 0,86%, o julho/24 teve valor de R$ 64,30 com desvalorização de 0,99% e o setembro/24 teve valor de R$ 64,35 com baixa de 0,98%.
Para o Analista de Mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, se mantem em uma faixa de R$ 60,00 a R$ 70,00 que são posições interessantes para todos os lados do mercado.
“Se tiver alta produtividade, com os custos que baixaram, você consegue ter margem. Se você pensar do lado do suinocultor, do pessoal do ovo, do frango, você também tem demanda crescente, vai disparar a demanda esse ano de milho para ração, vai ser recorde histórico e isso dá fluxo. É por isso que na B3 ele não está caindo abaixo de R$ 64,00 e nem subindo acima de R$ 66,00”, opina Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve um meio de semana negativo. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorizações em Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, Sorriso/MT, Luís Eduardo Magalhães/BA e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira
Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho teve uma quarta-feira de movimentação bastante lenta na comercialização, em meio ao impasse entre compradores e vendedores no que tange aos preços. “O viés, no entanto, segue altista para as cotações, uma vez que os produtores centram as atenções na colheita de soja”.
Segundo a Safras Consultoria, “há grande distância entre as pedidas dos produtores e da intenção de compra dos consumidores em várias localidades, a exemplo de São Paulo e do Paraná. Apesar da diminuição dos volumes ofertados, os consumidores estão mostrando tranquilidade em relação a estoques e atuam de maneira comedida”.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro também tiveram um pregão de movimentações negativas na Bolsa de Chicago (CBOT) ao longo desta quarta-feira.
O vencimento março/24 foi cotado à US$ 4,11 com baixa de 7,75 pontos, o maio/24 valeu US$ 4,24 com desvalorização de 8,25 pontos, o julho/24 foi negociado por US$ 4,35 com perda de 7,50 pontos e o setembro/24 teve valor de US$ 4,43 com queda de 7,00 pontos.
Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última terça-feira (20), de 1,67% para o março/24, de 1,85% par ao maio/24, de 1,81% para o julho/24 e de 1,56% para o setembro/24.
A análise da Agrinvest destaca que, nesta quarta-feira os preços futuros do milho voltaram a operar em suas mínimas as de 3 anos na CBOT.
“O motivo foi a fala de Biden, presidente dos EUA, sobre uma eventual redução no uso do etanol de milho em favor do aumento do uso de biocombustíveis para abastecimento de veículos dos americanos. Certamente isso traria um impacto negativo para a demanda de etanol, que também reflete na queda do uso de milho pelas destilarias”, explica a consultoria.
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