Milho fecha semana negativa acumulando desvalorização de até 3,94% na B3
A sexta-feira (22) chega ao final com os preços contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 70,40 e R$ 74,48 e acumularam desvalorizações ao longo desta semana.
O vencimento janeiro/23 foi cotado à R$ 70,40 com desvalorização de 1,19%, o março/24 valeu R$ 74,48 com queda de 1,13%, o maio/24 foi negociado por R$ 73,95 com perda de 1,15% e o julho/24 teve valor de R$ 72,97 com baixa de 0,38%.
No acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro registraram desvalorizações de 3,94% para o janeiro/24, de 3,01% para o março/24, de 2,22% para o maio/24 e de 0,59% para o julho/24.
Para o Analista de Mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, novamente o Bolsa Brasileira refletiu o recuo cambial do dólar caindo ante ao real, além de alguma liquidação nesta véspera de Natal.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve poucas mudanças neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização somente em Sorriso/MT e percebeu valorização apenas em Itapetininga/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com a análise da SAFRAS & Mercado, o ritmo de negócios no mercado brasileiro de milho perdeu força ao longo da semana. “Os consumidores até tentaram buscar mais ofertas no mercado para compor os estoques até a virada do ano, pagando mais pela saca, mas esbarraram em produtores pouco dispostos a vender o cereal neste momento”.
A consultoria acrescenta ainda que, “com muitas empresas paralisando as atividades em função das festividades de final de ano, a logística tende a ficar cada vez mais complicada nos próximos dias, o que deve praticamente travar o ritmo de comercialização”.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro se movimentaram muito pouco nesta sexta-feira e fecharam o pregão com pequenas elevações na Bolsa de Chicago (CBOT), acumulando recuos ao longo da semana.
O vencimento março/24 foi cotado à US$ 4,73 com alta de 0,50 pontos, o maio/24 valeu US$ 4,85 com elevação de 0,50 pontos, o julho/24 foi negociado por US$ 4,95 com ganho de 0,50 pontos e o setembro/24 teve valor de US$ 4,98 com valorização de 0,75 pontos.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (21), de 0,21% para o março/24 e de 0,20% para o setembro/24, além de estabilidade para o maio/24 e para o julho/24.
No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano registraram desvalorizações de 2,07% para o março/24, de 2,02% para o maio/24, de 1,79% para o julho/24 e de 1,39% para o setembro/24, em relação ao fechamento da última sexta-feira (15).
“Os futuros de grãos e oleaginosas permaneceram quase inalterados em uma sessão com muitos traders que estão de olho na porta para o próximo fim de semana de feriado de Natal de três dias”, apontou o The Brock Report, repercutido pelo site internacional Succesful Farming.
“O clima geralmente favorável na América do Sul paira sobre o mercado, juntamente com a preocupação com a situação da fronteira mexicana e seu impacto nas exportações”, acrescenta o The Brock Report.
A SAFRAS & Mercado aponta ainda que “o desempenho foi negativo na Bolsa de Mercadorias de Chicago ao longo da semana, em meio ao bom volume de oferta nos Estados Unidos e em âmbito global. A expectativa de retorno com maior força da Argentina às exportações no próximo ano também influenciou negativamente os preços”.
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