Milho se move pouco na B3, mas cotações 24 apontam preços melhores do que os de 23
A segunda-feira (11) chega ao final com os preços futuros do milho se movimentando pouco na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 71,35 e R$ 75,42, após movimentações em campo misto.
O vencimento janeiro/24 foi cotado à R$ 71,55 com queda de 0,13%, o março/24 valeu R$ 75,42 com perda de 0,15%, o maio/24 foi negociado por R$ 74,61 com alta de 0,01% e o julho/24 teve valor de R$ 72,82 com elevação de 0,10%.
“A B3 teve flutuações muito pequenas e ficou rondando os R$ 75,00, mostrando que as cotações de 2024 serão melhores do que as de 2023”, explicou o Analista de Mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.
Em seu primeiro reporte de dezembro, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) apontou que o Brasil embarcou 2.001.795,4 toneladas de milho não moído (exceto milho doce) para exportação. Isso já representa 32,05% do total exportado em dezembro de 2022 (6.244.707,6 toneladas).
Com isso, a média diária de embarques nestes 6 primeiros dias úteis do mês ficou em 333.632,6 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representou elevação de 17,5% com relação as 283.850,3 do décimo segundo mês de 2022.
Na visão do Analista do Itaú BBA, Francisco Queiroz, um movimento que vinha acontecendo nas últimas semanas para as cotações futuros do milho na Bolsa Brasileira (B3), começa agora a refletir também nos preços do mercado interno no Brasil, com a melhora das posições.
Queiroz aponta que isso é reflexo das dificuldades enfrentadas pelo plantio da safra de verão, que pode resultar em ainda menos área plantada na segunda safra de milho em 2024 e tirar ainda mais produtividade da próxima temporada.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, a oferta de milho vem diminuindo no spot nacional.
“Esse cenário se deve a preocupações com os impactos do clima adverso sobre a produção da safra 23/24, ao bom ritmo das exportações brasileiras e também à proximidade do período do final de ano, quando parte das empresas e transportadoras entra em recesso”, indicam os pesquisadores do Cepea.
A publicação ainda destaca que as estimativas oficiais já apontam menor produção para 2023/24 e maior demanda para consumo doméstico. “Diante disso, produtores consultados pelo Cepea já reduziram o interesse de vendas no spot e também para entrega futura, ao passo que consumidores domésticos seguem ativos, contexto que mantém os preços do cereal em alta”.
Mercado Externo
Já na Bolsa de Chicago (CBOT), a segunda-feira foi de movimentações negativas para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento dezembro/23 foi cotado à US$ 4,60 com desvalorização de 5,25 pontos, o março/24 valeu US$ 4,81 com queda de 4,00 pontos, o maio/24 foi negociado por US$ 4,94 com baixa de 3,50 pontos e o julho/24 teve valor de US$ 5,03 com perda de 2,50 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (08) de 1,08% para o dezembro/23, de 0,82% para o março/24, de 0,60% para o maio/24 e de 0,59% para o julho/24.
“Como a soja está mais motivada hoje, o investidor acaba vendendo mais posições de milho e trigo para comprar na soja. Hoje foi o dia da soja e como eles sempre trabalham invertidos, foi um dia de liquidação para o milho, mas não há tendência de queda para o milho, os fundamentos seguem sendo bons”, explicou Vlamir Brandalizze.
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