Milho sente o dólar e B3 fecha a sexta-feira com recuos
A sexta-feira (03) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 60,06 e R$ 67,49 e acumulando elevações ao longo desta semana.
O vencimento novembro/23 foi cotado à R$ 60,06 com baixa de 0,13%, o janeiro/24 valeu R$ 63,42 com desvalorização de 1,00%, o março/24 foi negociado por R$ 67,49 com perda de 0,79% e o maio/24 teve valor de R$ 67,05 com queda de 0,68%.
Já no acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro registraram ganhos de 0,62% para o janeiro/24, de 1% para o março/24 e de 0,60% para o maio/24, além de baixa de 0,30% para o novembro/23.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
Na visão do analista da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael, os preços do milho no Brasil sentiram a pressão de um dólar desvalorizado, tanto nos Estados Unidos quanto em relação ao real no país e recuaram nesta sexta-feira.
Rafael explica que, o dólar mais baixo impacta os preços do cereal nos portos e isso reduz a competitividade do produto brasileiro no mercado internacional, mesmo que as exportações nacionais de milho sigam altas, com cerca de 37 milhões de toneladas já embarcadas até o final de outubro e mais 10 milhões de toneladas no line-up de novembro.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou as atividades desta sexta-feira com os preços internacionais do milho futuro contabilizando movimentações positivas, mas acumulando perdas ao longo desta semana.
O vencimento dezembro/23 foi cotado à US$ 4,77 com ganho de 7,25 pontos, o março/24 valeu US$ 4,92 com elevação de 7,25 pontos, o maio/24 foi negociado por US$ 5,01 com alta de 7,25 pontos e o julho/24 teve valor de US$ 5,10 com valorização de 7,75 pontos.
Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última quinta-feira (02), de 1,49% para o dezembro/23, de 1,44% para o março/24, de 1,42% para o maio/24 e de 1,59% para o julho/24.
Já o acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano registraram quedas de 0,63% para o dezembro/23, de 0,61% para o março/24 e de 0,40% para o maio/24, além de alta de 0,20% par ao julho/24, com relação ao fechamento da última sexta-feira (27).
Roberto Carlos Rafael explica que, o mesmo cenário do dólar que pressiona os preços do milho no Brasil atuou para elevar as cotações internacionais na Bolsa de Chicago, uma vez que o dólar mais baixo ajuda os produtores norte-americanos a se posicionarem no mercado internacional e ganhar espaço nas exportações.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho se beneficiaram de uma rodada de compras técnicas na sexta-feira que foi parcialmente estimulada pela força das repercussões da soja.
“Os traders também estão de olho no clima seco no Brasil, que poderá prejudicar o potencial de produção do país caso se torne um problema prolongado nesta temporada”, relatou BenPotter, analista da Farm Futures.
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