Milho fecha semana acumulando alta de até 3,2% na Bolsa Brasileira, mesmo caindo na 6ªfeira

Publicado em 08/09/2023 17:32 e atualizado em 08/09/2023 18:11
Chicago também recuou, mas acumulou ganho semanal

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A sexta-feira (08) chega ao final com os preços futuros do milho recuando na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 54,55 e R$ 65,77 e acumularam elevações ao longo desta semana. 

O vencimento setembro/23 foi cotado à R$ 54,55 com queda de 0,71%, o novembro/23 valeu R$ 58,56 com baixa de 0,58%, o janeiro/24 foi negociado por R$ 62,04 com desvalorização de 0,89% e o março/24 teve valor de R$ 65,77 com perda de 0,75%. 

Já no acumulado semanal, os contratos do milho brasileiro contabilizaram valorizações de 2,54% para o setembro/23, de 3,23% para o novembro/23, de 1,87% para o janeiro/24 e de 1,61% para o março/24, com relação ao fechamento da última sexta-feira (01). 

variação semanal do milho b3

“Os futuros do milho operaram em queda na B3, acompanhando o azedume dos cereais na Bolsa de Chicago. Contudo, durante a semana tivemos o milho negociado na Bolsa Brasileira registrando várias sessões de alta, fundamentado principalmente pelas perspectivas de corte na produção da safra 2024 de milho do Brasil, já que no momento a relação soja-milho aponta para aumento na área de soja, o que deve então, reduzir a oferta de milho brasileiro no próximo ano”, destaca a análise da Agrinvest. 

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho se movimentou pouco neste último dia da semana, retorno de feriado. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorização apenas em Sorriso/MT e identificou desvalorizações somente nas praças de Rio Verde/GO e Brasília/DF. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira 

Na visão do Analista do Mercado da Grão Direto, Ruan Sene, o cenário no Brasil, onde a colheita está praticamente concluída, com mais de 100 milhões de toneladas produzidas na segunda safra, o foco se volta à demanda.  

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"A demanda aquecida, principalmente a partir de agosto, registrou recordes de exportações, com expectativas de que setembro também seja um mês aquecido. Isso traz uma esperança de suporte para os preços do milho no mercado brasileiro, embora a batalha entre oferta e demanda ainda esteja em curso", aponta Sene. 

Mercado Externo 

Os preços internacionais do milho futuro fecharam a sexta-feira (08) contabilizando movimentações negativas na Bolsa de Chicago (CBOT) e acumularam recuos ao longo desta semana. 

O vencimento setembro/23 foi cotado à US$ 4,68 com perda de 2,25 pontos, o dezembro/23 valeu US$ 4,83 com valorização de 2,50 pontos, o março/24 foi negociado por US$ 4,98 com queda de 2,00 pontos e o maio/24 tinha valor de US$ 5,06 com baixa de 1,75 pontos. 

Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (07), de 0,43% para o setembro/23, de 0,62% para o dezembro/23, de 0,40% para o março/24 e de 0,39% para o maio/24. 

Já no acumulado semanal, os contratos do milho norte-americano contabilizaram elevações de 0,86% para o setembro/23, de 0,42% para o dezembro/23, de 0,40% para o março/24 e de 0,20% para o maio/24, com relação ao fechamento da última sexta-feira (01). 

variação semanal do milho cbot

“O milho de dezembro foi negociado hoje na faixa estreita, em ação sem direção. Não houve notícias frescas durante a sessão”, diz Phyllis Nystrom, gerente de filiais e educação da CHS Hedging. 

O site internacional Farm Futures, também destaca que esta foi uma semana de negociações lentas, com os mercados se preparando para novos dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na próxima semana. 

“Na segunda-feira, haverá a divulgação do relatório semanal de condições das lavouras norte-americanas, que deve trazer informações sobre o grau de maturação das lavouras de milho. Já na terça-feira, está agendado o tão aguardado relatório de oferta e demanda mundial, que promete fornecer um direcionamento claro para as cotações do milho a partir desse momento", pontua Ruan Sene. 

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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