Desvalorização do dólar traz peso adicional ao milho, que fecha 5ªfeira recuando na B3
A quinta-feira (10) chega ao final com os preços futuros do milho se movimentando pouco na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações operaram no campo misto e flutuaram na faixa entre R$ 54,80 e R$ 66,58.
O vencimento setembro/23 foi cotado à R$ 54,80 com queda de 0,54%, o novembro/23 valeu R$ 59,00 com alta de 0,12%, o janeiro/24 foi cotado à R$ 62,65 com elevação de 0,27% e o março/24 teve valor de R$ 66,58 com ganho de 0,44%.
O analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, destaca que a colheita da segunda safra deve se encerrar daqui cerca de três semanas e trazer um cenário de mais de 50 milhões de toneladas de milho ainda não negociadas.
“A B3 está em queda basicamente por causa do dólar. O dólar em queda acaba pressionando o mercado brasileiro. Tem muito milho, a colheita está entrando forte e esse é um fator na B3 que acaba refletindo nas cotações em reais”, diz Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho oscilou pouco nesta quinta-feira, entre altos e baixos. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícola encontrou desvalorizações em Brasília/DF e São Gabriel do Oeste/MS, já as valorizações apareceram em Sorriso/MT, Jataí/GO e Rio Verde/GO.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira
Mercado Externo
Já os preços internacionais do milho futuro registraram movimentações levemente positivas na Bolsa de Chicago (CBOT) neste penúltimo dia da semana.
O vencimento setembro/23 foi cotado à US$ 4,83 com valorização de 2,25 pontos, o dezembro/23 valeu US$ 4,96 com alta de 2,00 pontos, o março/24 foi negociado por US$ 5,10 com elevação de 1,75 pontos e o maio/24 teve valor de US$ 5,18 com ganho de 1,75 pontos.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última quarta-feira (09), 0,42% para o setembro/23, de 0,40% para o dezembro/23, de 0,39% para o março/24 e 0,39% para o maio/24.
Segundo informações do site internacional Successful Farming, a quinta-feira foi de espera pelo relatório WASDE de oferta e demanda que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) irá divulgar nesta sexta-feira (11).
“O relatório de agosto é conhecido por suas surpresas de movimentação de mercado do USDA, com a maior parte do foco nas estimativas de rendimento do USDA. No entanto, esperamos que o USDA também aumente a produção de milho do Brasil novamente, enquanto corta as exportações de milho dos EUA. O lado da demanda do balanço deve receber maior atenção no final deste outono”, afirmou Arlan Suderman, economista-chefe de commodities da StoneX, em nota repercutida pela publicação.
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