Exportação de milho avança na semana, mas julho ainda segue aquém do esperado pelo mercado
As três primeiras semanas de julho já registraram embarque de 2.668.606,7 toneladas de milho não moído (exceto milho doce), de acordo com o novo reporte da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Isso representa 64% do total exportado em julho de 2022 (4.119.091,2 toneladas) nestes 15 primeiros dias úteis do mês.
Com isso, a média diária de embarques ficou em 177.907,1 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representa recuo de 9,3% com relação as 196.147,2 do sétimo mês de 2022.
Segundo Ronaldo Fernandes, analista de mercado da Royal Rural, já começa a haver dúvidas sobre a real capacidade do Brasil exportar todas as toneladas de milho que estavam previstas pelo mercado neste ciclo 2023.
“O mês julho deveria ser o maior fornecedor para exportação, mas a gente tem um line-up que só veio caindo. De 7, pra 6,7 e agora para 6,5, o line-up de agosto está paralisado perto dos 5. O nosso número está abaixo das 50 milhões de toneladas, mas próximos em 46 ou 47 milhões, só que agora, com esse volume de julho atrasado tem colocado o receio de que o Brasil não exporte tudo isso, sobretudo pela competição que vamos entrar agora com os Estados Unidos”, aponta.
Em termos financeiros, o Brasil arrecadou um total de US$ 686,877 milhões no período, contra US$ 1,151 bilhão de todo julho do ano passado. O que na média diária, deixa o atual mês com decréscimo de 16,5% ficando com US$ 45,791 milhões por dia útil contra US$ 54,826 milhões no último mês de julho.
O preço por tonelada obtido também recuou 7,9% no período, saindo dos US$ 279,50 no ano passado para US$ 2457,40 no mês.
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