Milho cai nesta 6ª feira, acumula até 7% de perda semanal e fecha junho recuando na B3
A sexta-feira (30) chega ao final com os preços futuros do milho recuando na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 53,45 e R$ 62,30, acumulando desvalorização semanal e mensal.
O vencimento julho/23 foi cotado à R$ 53,45 com queda de 1,89%, o setembro/23 valia R$ 55,33 com desvalorização de 2,21%, o novembro/23 foi negociado por R$ 59,17 com perda de 1,56% e o janeiro/24 teve valor de R$ 62,30 com baixa de 1,42%.
No acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro contabilizaram desvalorizações de 4,88% para o julho/23, de 7,64% para o setembro/23, de 6,33% para o novembro/23 e de 5,85% para o janeiro/24, em relação ao fechamento da última sexta-feira (23).
Já na comparação mensal, as cotações do milho na B3 acumularam perdas de 0,80% para o julho/23, de 3,44% para o setembro/23 e de 0,39% para o novembro/23, além de alta de 0,34% para o janeiro/24, com relação ao fechamento do dia 31 de maio.
Na visão de Anderson Galvão, da Céleres Consultoria, o avanço da colheita da segunda safra vai trazer mais pressão negativa para os preços do milho no curto prazo. Porém, a partir de agosto e setembro, a alta demanda por exportação deve trazer um certo alívio para as cotações do cereal.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também recuou neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não identificou valorizações em nenhuma das praças. Já as desvalorizações apareceram em Ubiratã/PR, Londrina/PR, Castro/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Sorriso/MT, Maracaju/MS, Campo Grande/MS, Eldorado/MS, Cândido Mota/SP, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o segundo semestre deve trazer mais demanda para o milho brasileiro e até uma disputa entre China e Irã pelo milho do Brasil.
“Isso dá um suporte às cotações. As cotações estão entre R$ 59,00 e R$ 63,00 no Porto de Paranaguá de agosto a dezembro. O balcão gaúcho fica entre R$ 51,00 e R$ 53,00 e o restante do Sul e Sudeste entre R$ 43,00 e R$ 53,00”, aponta Brandalizze.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro despencaram nesta sexta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT) e acumularam grandes perdas semanais, registrando recuos ao longo do mês de junho.
O vencimento julho/23 foi cotado à US$ 5,54 com queda de 26,50 pontos, o setembro/23 valeu US$ 4,88 com desvalorização de 35,00 pontos, o dezembro/23 foi negociado por US$ 4,94 com perda de 33,75 pontos e o março/24 teve valor de US$ 5,06 com baixa de 32,25 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (29), de 4,65% para o julho/23, de 6,69% para o setembro/23, de 6,44% para o dezembro/23 e de 5,95% para o março/24.
No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano contabilizaram desvalorizações de 12,06% para o julho/23, de 16,44% para o setembro/23, de 15,99% para o dezembro/23 e de 15,10% para o março/24, em relação ao fechamento da última sexta-feira (23).
Já na comparação mensal, as cotações do milho na CBOT acumularam perdas de 6,73% para o julho/23, de 5,43% para o setembro/23, de 5,18% para o dezembro/23 e de 4,71% para o março/24, com relação ao fechamento do dia 31 de maio.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho despencaram depois que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) observou que as plantações de 2023 estão mais de 5,5 milhões de acres acima dos níveis de 2022, o que desencadeou uma rodada considerável de vendas técnicas na sexta-feira.
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“A nova estimativa do USDA para acres de milho chocou os analistas depois de saltar 6% a mais em relação ao ano anterior, para 94,1 milhões de acres, um aumento de 5,52 milhões de acres em relação a 2022, e também 2 milhões de acres acima da estimativa comercial média de 91,853 milhões de acres. É o terceiro maior plantio de milho desde 1944”, aponta BenPotter da Farm Futures.
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