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Imea aponta início da colheita do milho no MT e destaca margens apertadas para os produtores

Publicado em 23/05/2023 11:28
Trabalhos de campo estão em 0,16% enquanto preço médio da saca está abaixo do custeio médio no estado

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O Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) divulgou relatório apontando atualizações sobre a safra de milho 2023. O levantamento destaca que a colheita da safrinha de milho começou no estado, atingindo 0,16% do total semeado. 

Esse percentual é 1,08 pontos percentuais menor do que o mesmo período da safra passada e 0,09 p.p. atrás da média dos últimos cinco anos. 

colheita milho mt imea

Já o restante das lavouras, se dividem em 89,36% em fase de florescimento e polinização, e menos de 11% do total encontram-se em fase de alta exigência hídrica. 

desenvolvimento milho mt imea

“Estima-se que a maior parte das lavouras se desenvolveu dentro de um regime ideal de chuvas”, aponta o Imea.  

Diante da previsão de chuva acumulada para os próximos 30 dias de 10 a 20 mm na maior parte do estado, a expectativa do Instituto é que o avanço da colheita nas próximas semanas seja favorecido e tenda a se intensificar em meados de junho. 

Custo de Produção 

O Imea também atualizou seus dados referentes ao custo de produção do milho de alta tecnologia para safra 2023/24, apresentando recuo de 0,70% no custeio entre março/23 e abril/23. 

“Essa retração se deu devido à diminuição nos custos com fertilizantes, de 1,79%, e operações mecanizadas, de 1,70%”, explica o Imea. 

Diante desta nova realidade, o COT foi estimado em R$ 5.114,26 por hectare, o que torna necessário a comercialização do milho à um preço médio de R$ 48,42 por saca para se obter rentabilidade. O preço médio registrado em abril/23 no Mato Grosso foi de R$ 47,28/sc. 

Considerando esse cenário de preços abaixo do ponto de equilíbrio, seria necessário que o rendimento da safra atingisse, pelo menos, 108,18 sc/ha para que um produtor modal consiga cobrir seus custos. 

“Dessa forma, a combinação de custos altos e preços em queda, chamam atenção quanto as margens dos produtores para a próxima temporada”, destaca a publicação. 

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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