Milho despenca 10% na semana e fecha na casa dos R$ 66,00 na B3
A quinta-feira (20) chega ao final com os preços futuros do milho acumulando mais um dia de movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 66,72 e R$ 69,40 e fecharam a semana somando recuos de até 3,5%.
O vencimento maio/23 foi cotado à R$ 66,72 com perda de 3,43%, o julho/23 valeu R$ 66,60 com queda de 3,16%, o setembro/23 foi negociado por R$ 67,61 com baixa de 3,43% e o novembro/23 teve valor de R$ 69,40 com desvalorização de 3,53%.
No comparativo semanal, o preço do cereal brasileiro acumulou desvalorizações de 9,80% para o maio/23, de 10,48% para o julho/23, de 9,61% para o setembro/23 e de 9,65% para o novembro/23, com relação ao fechamento da última sexta-feira (14).
Na visão do analista de mercado da Grão Direto, Ruan Sene, o ótimo desenvolvimento das lavouras de milho segunda safra no Brasil é o responsável pela grande derrocada dos preços do cereal no mercado nacional.
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Ele explica que, mesmo aquelas regiões que tiveram atrasos e plantaram fora da janela ideal receberam boas chuvas e estão prometendo colheitas robustas para os trabalhos que devem começar no final de maio para as primeiras áreas semeadas.
No mercado físico brasileiro, os preços da saca de milho também fecharam a semana com mais recuos. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não encontrou valorização em nenhuma das praças, mas percebeu desvalorizações em Não-Me-Toque/RS, Ubiratã/PR, Cascavel/PR, Castro/PR, Sorriso/MT, Dourados/MS, São Gabriel do Oeste/MS, Luís Eduardo Magalhães/BA, Machado/MG e Cândido Mota/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “o milho continua perdendo forças no mercado físico brasileiro devido a grande oferta, em Campinas/SP, o cereal é negociado na média de R$ 73,00/sc”.
A SAFRAS & Mercado relata que o mercado brasileiro de milho voltou a registrar um forte movimento de desvalorização nos preços ao longo da semana. "A oferta crescente nos estados e o fraco interesse na ponta compradora são fatores que vem contribuindo para impactar as cotações do cereal”.
No olhar da SAFRAS, “os produtores de milho seguem ofertando grandes volumes do cereal para venda, optando por reter a soja nos armazéns, o que impacta o mercado de milho. Nos portos, os preços para a venda futura da safrinha, que tiveram queda na última semana, já se mostraram mais firmes ao longo da semana, acompanhando o fator cambial, com a retomada do movimento de alta do dólar frente ao real”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também fechou a quinta-feira contabilizando movimentações negativas para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento maio/23 foi cotado à US$ 6,63 com queda de 8,50 pontos, o julho/23 valeu US$ 6,26 com desvalorização de 10,50 pontos, o setembro/23 foi negociado por US$ 5,62 com perda de 6,00 pontos e o dezembro/23 teve valor de US$ 5,57 com baixa de 5,50 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última quarta-feira (19), de 1,34% para o maio/23, de 1,57% para o julho/23, de 1,06% para o setembro/23 e de 1,07% para o dezembro/23.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho continuam enfrentando pressão sazonal de baixa no plantio, juntamente com as expectativas de uma safra recorde de milho no Brasil, que gerou muitas vendas técnicas na quinta-feira.
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