Após mais uma 4ªfeira negativa, milho chega à casa dos R$ 68,00 na B3
A quarta-feira (19) chega ao final com os preços futuros do milho acumulando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 68,77 e R$ 71,94.
O vencimento maio/23 foi cotado à R$ 69,09 com baixa de 1,40%, o julho/23 valeu R$ 68,77 com desvalorização de 2,45%, o setembro/23 foi negociado por R$ 70,01 com queda de 2,07% e o novembro/23 teve valor de R$ 71,94 com perda de 1,99%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o milho segue a mesma lógica da soja, com uma safra grande, estoques cheios e clima mostrando que a safrinha virá cheia.
“O milho plantado fora da janela está recebendo chuva e terá safra boa. Está quase tudo garantindo, não tem lavoura com risco quase mais”, opina Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também contabilizou movimentações baixistas ao longo desta quarta-feira. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não encontrou valorizações em nenhuma das praças, mas identificou desvalorizações em Não-Me-Toque/RS, Londrina/PR, Cascavel/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Rio do Sul/SC, Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, Sorriso/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Brasília/DF, Dourados/MS, Eldorado/MS e Cândido Mota/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “com o aumento da oferta e produtores precisando realizar suas entregas o milho segue perdendo forças no mercado físico, em Campinas/SP o cereal atinge a casa dos R$ 74,00/sc”.
Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho teve uma quarta-feira de preços em baixa. “A alta do dólar frente ao real sugere a perspectiva de algum avanço na comercialização voltada ao cenário externo, ainda que o foco dos produtores siga no escoamento da safra de soja. O impasse no que tange os preços entre compradores e vendedores também deve manter os preços pressionados”.
Segundo o analista da Consultoria SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, os compradores continuam colocando preços gradativamente mais baixos, conforme as referências nos portos.
Mercado Externo
A negatividade também esteve presente na Bolsa de Chicago (CBOT), com os preços internacionais do milho futuro recuando nesta quarta-feira.
O vencimento maio/23 foi cotado à US$ 6,72 com queda de 5,25 pontos, o julho/23 valeu US$ 6,36 com perda de 8,00 pontos, o setembro/23 foi negociado por US$ 5,68 com desvalorização de 8,75 pontos e o dezembro/23 teve valor de US$ 5,63 com baixa de 8,00 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última terça-feira (18), de 0,74% para o maio/23, de 1,24% para o julho/23, de 1,56% para o setembro/23 e de 1,40% para o dezembro/23.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho tentaram subir na sessão de quarta-feira, mas falharam após fechar com perdas de cerca de 0,75% devido a algumas vendas técnicas estimuladas pela fraqueza de um amplo conjunto de outras commodities.
O site internacional Successful Farming relatou que, Cory Bratland, estrategista-chefe de grãos da Kluis Commodity Advisors, disse que está ouvindo muito sobre os fracos níveis de base para o milho e a soja brasileiros, o que tornará difícil para os Estados Unidos competir. Ele diz que a oferta barata na América do Sul combinada com a ampla oferta nos EUA pode levar a uma pressão de queda nos preços.
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