Início do plantio nos EUA pressiona quedas do milho em Chicago nesta 3ªfeira
A terça-feira (04) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 79,73 e R$ 81,75.
O vencimento maio/23 foi cotado à R$ 79,90 com desvalorização de 1,04%, o julho/23 valia R$ 79,74 com baixa de 0,10%, o setembro/23 foi negociado por R$ 79,73 com queda de 0,19% e o novembro/23 teve valor de R$ 81,75 com perda de 0,29%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 teve um movimento técnico, mantendo as reduções de patamares dos últimos dias e ficando em preços considerados baixos.
“Milho à R$ 80,00 na base Campinas é milho barato”, afirma Brandalizze.
O levantamento da SAFRAS & Mercado apontou que o line-up dos protos brasileiros aponta que o país poderá exportar 990,778 mil toneladas de milho entre março e maio.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também recuou neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não encontrou valorização em nenhuma das praças, mas percebeu desvalorizações em Sorriso/MT, Machado/MG, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira:
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “com a baixa procura no mercado e compradores aguardando melhores oportunidades de preços, o milho passa a ser negociado na média de R$ 82,50/sc no mercado físico de Campinas/SP”.
No Paraná, o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná demonstrou que cerca de 200 mil hectares ficaram sem plantio de milho nesta segunda safra. Mesmo assim, a projeção do Departamento segue sendo para uma produção de 15 milhões de toneladas, diante do bom desenvolvimento das lavouras até o momento.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também teve uma terça-feira negativa para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento maio/23 foi cotado à US$ 6,53 com baixa de 4,00 pontos, o julho/23 valia US$ 6,28 com desvalorização de 9,00 pontos, o setembro/23 foi negociado por US$ 5,69 com perda de 9,00 pontos e o dezembro/23 teve valor de US$ 5,60 com queda de 7,50 pontos.
Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última segunda-feira (03), de 0,61% para o maio/23, de 1,41% para o julho/23, de 1,56% para o setembro/23 e de 1,23% para o dezembro/23.
Para Vlamir Brandalizze, o milho em Chicago seguiu a lógica do mercado deixando de lado a questão do petróleo, com a redução da produção mundial, e acreditando que esse anúncio de diminuição pela Opep pode ser rapidamente revertido, assim como ocorreu em vezes anteriores.
O site internacional Successful Farming ainda destaca o papel do início do plantio da safra dos Estados Unidos de milho para pressionar as cotações nesta terça-feira, após o Departamento de Agricutlura dos Estados Unidos (USDA) apontar na segunda-feira que 5 estados já iniciaram a semeadura.
De acordo com o USDA, os produtores de Kansas (1%), Kentucky (2%), Carolina do Norte (1%), Tennessee (1%) e Texas (5%) já largaram com a semeadura do grão em 2023.
0 comentário
Cotações do milho recuam nesta quinta-feira na B3 e em Chicago
Preços futuros do milho começam a quinta-feira na estabilidade
Radar Investimentos: Plantio do milho na Argentina alcançou na última semana 38,6%
Milho inverte o sinal e termina o dia com pequenas altas na Bolsa de Chicago
Milho caminha de lado em Chicago nesta 4ª com pressão do trigo, mas suporte do petróleo
Controle de daninhas e pragas na cultura da soja ajudam na produtividade também do milho