B3 perde mais de 9% ao longo de março e milho chega aos R$ 78,00 para set/23
A sexta-feira (31) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando novas movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3) e acumulando grandes desvalorizações ao longo da semana e do mês.
O vencimento maio/23 foi cotado à R$ 79,80 com desvalorização de 1,48%, o julho/23 valeu R$ 79,10 com perda de 1,06%, o setembro/23 foi negociado por R$ 78,90 com queda de 1,36% e o novembro/23 teve valor de R$ 81,35 com baixa de 1,15%.
Na comparação semanal, os contratos do cereal brasileiro acumularam perdas de 5,00% para o maio/23, de 5,08% para o julho/23, de 5,20% para o setembro/23 e de 4,66% para o novembro/23, com relação ao fechamento da última sexta-feira (24).
Já no acumulado mensal, as cotações do milho na B3 contabilizaram desvalorizações de 2,04% para o março/23, de 8,95% para o maio/23, de 9,13% para o julho/23, de 9,05% para o setembro/23 e de 8,60% para o novembro/23 ao longo de março.
Para o Consultor de Grãos e Projetos na Agrifatto, Stefan Podsclan, destaca que as cotações seguem recuando desde a virada de 2022 para 2023 e já estão perdendo o patamar de R$ 80,00 na Bolsa Brasileira (B3) e em diversas praças.
O consultor explica que os estoques elevados de safras passadas, como trigo, e a colheita elevada de verão estão dificultando os movimentos logísticos, e isso força quedas nos preços.
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+ Milho deve continuar pressionado ao longo de 2023 e demanda atenção ao clima e a logística
Como as previsões também são de aumento na área cultivada e na produção da segunda safra brasileira, a tendência é de cotações pressionadas em 2023. Como pontos de atenção ao produtor, Podsclan elenca o clima para o desenvolvimento das lavouras, em especial aquelas semeadas fora de janela, e a logística que pode dificultar o escoamento da produção.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho se movimentou pouco neste último dia da semana, mas registrou altos e baixos. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações em Sorriso/MT, São Gabriel do Oeste/MS e Machado/MG. Já as valorizações apareceram em Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT e Itiquira/MT.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira (31)
Na análise diária da Agrifatto Consultoria, “com a demanda fraca e negócios ocorrendo em baixo volume o milho segue andando de lado no mercado físico de Campinas/SP, onde é comercializado na média de R$ 83,00/sc”.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro finalizaram esta sexta-feira com a maior parte das cotações contabilizando movimentações positivas na Bolsa de Chicago (CBOT). Nas comparações semanais e mensais, os contratos do milho em Chicago também subiram.
O vencimento maio/23 foi cotado à US$ 6,60 com valorização de 11,00 pontos, o julho/23 valeu US$ 6,36 com ganho de 8,75 pontos, o setembro/23 foi negociado por US$ 5,77 com elevação de 0,50 pontos e o dezembro/23 teve valor de US$ 5,66 com queda de 0,50 pontos.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (30), de 1,69% para o maio/23, de 1,44%, para o julho/23 e de 0,17% para o setembro/23, além de baixa de 0,18% para o dezembro/23.
Na comparação semanal, os contratos do cereal norte-americano acumularam valorizações de 2,64% para o maio/23, de 2,09% para o julho/23, de 1,41% para o setembro/23 e de 1,07% para o dezembro/23, com relação ao fechamento da última sexta-feira (24).
Já no acumulado mensal, as cotações do milho na CBOT contabilizaram perdas de 0,32% para o março/23 e 0,86% para o setembro/23, além de ganhos de 4,76% para o maio/23, de 2,25% para o julho/23 e de 1,62% para o dezembro/23 ao longo de março.
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