Com peso do financeiro dos EUA, milho fecha 2ªfeira com baixas em Chicago
A segunda-feira (13) chega ao final com os preços futuros do milho operando em campo misto na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 85,40 e R$ 87,77.
O vencimento março/23 foi cotado à R$ 85,90 com queda de 0,22%, o maio/23 valeu R$ 87,77 com elevação de 0,58%, o julho/23 foi negociado por R$ 86,35 com alta de 0,21% e o setembro/23 teve valor de R$ 85,40 com ganho de 0,39%.
Segundo o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 se manteve com bons níveis porque continua tendo muito interesse nos portos pelo milho brasileiro, principalmente para o segundo semestre.
“De agora em diante, já não tem muito espaço para navios de milho, então as negociações vão ficar com a demanda interna. A colheita de verão está andando e chegando para entender as indústrias de ração no primeiro semestre. A grande demanda agora será no segundo semestre, a partir de agosto com os embarques do milho safrinha”, explica Brandalizze.
Logo na primeira parcial divulgada pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o mês de março de 2023 já superou as exportações de milho não moído (exceto milho doce) de todo março 2022, contabilizando embarque de 731.769,7 toneladas.
Sendo assim, o volume acumulado apenas nos 8 primeiros dias úteis do mês já representa 5.024,8% mais do que o total de 14.278,9 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de março de 2022.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho ficou praticamente inalterado neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorização apenas na praça de Ubiratã/PR e percebeu desvalorizações somente em Cascavel/PR e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “com baixo volume de negócios registrado na sexta-feira, o milho seguiu sendo comercializado na média de R$ 85,50/sc no mercado físico de Campinas/SP”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também operou no campo misto, com os preços internacionais do milho futuro contabilizando pequenas flutuações nesta segunda-feira.
O vencimento março/23 foi cotado à US$ 6,24 com alta de 0,25 pontos, o maio/23 valeu US$ 6,13 com queda de 3,75 pontos, o julho/23 foi negociado por US$ 6,03 com perda de 3,50 pontos e o setembro/23 teve valor de US$ 5,63 com queda de 1,75 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (10), de 0,65% para o maio/23, de 0,50% para o julho/23 e de 0,35% para o setembro/23, além de estabilidade para o março/23.
Segundo informações da Agência Reuters, os grãos de Chicago oscilaram nesta segunda-feira, refletindo a volatilidade do mercado à medida que as ações de bancos globais despencaram e os Estados Unidos agiram para garantir depósitos no banco do Vale do Silício, que faliu com foco em tecnologia.
“Os contratos de milho mais ativos caíram, depois que o presidente Joe Biden tentou acalmar os temores sobre o sistema bancário após os reguladores dos EUA serem forçados a intervir com uma série de medidas emergenciais após o colapso do Silicon Valley Bank e do Signature Bank”, pontuou Cassandra Garrison da Reuters Chicago.
Marl Gold, da consultoria americana Top Third Ag Marketing, disse à Reuters, que “se você quer saber o que os grãos vão fazer, fique de olho no mercado de ações, porque essa tem sido a pressão nos últimos dois dias”.
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