Milho despenca 2,5% nesta 5ªfeira e Chicago vai ao menor preços desde agosto/22
A quinta-feira (09) chega ao final com os preços futuros do milho praticamente inalterados na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 85,60 e R$ 87,31.
O vencimento março/23 foi cotado à R$ 86,32 com alta de 0,16%, o maio/23 valeu R$ 87,31 com elevação de 0,13%, o julho/23 foi negociado por R$ 86,60 com ganho de 0,06% e o setembro/23 teve valor de R$ 85,60 com perda de 0,06%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado brasileiro segue acomodado e sem pressão nos portos, pesando que o mercado terá perdas grandes no Rio Grande do Sul, mas está tendo novas ofertas chegando.
“O milho vai formando os preços pela exportação”, afirma Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também se movimentou pouco neste penúltimo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorização apenas em Rio do Sul/SC. Já as valorizações apareceram nas praças de Tangará da Serra/MT, Oeste da Bahia e Machado/MG.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “no mercado físico do milho os negócios seguem ocorrendo de maneira pontual, o que mantém a saca na casa dos R$ 86,00/sc em Campinas/SP”.
Mercado Externo
Já os preços internacionais do milho futuro, despencaram nesta quinta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT).
O vencimento março/23 foi cotado à US$ 6,18 com desvalorização de 16,00 pontos, o maio/23 valeu US$ 6,11 com perda de 14,00 pontos, o julho/23 foi negociado por US$ 6,01 com queda de 12,25 pontos e o setembro/23 teve valor de US$ 5,61 com baixa de 7,25 pontos.
Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última quarta-feira (08), de 2,52% para o março/23, de 2,24% para o maio/23, de 2,12% para o julho/23 e de 1,23% para o setembro/23.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho de Chicago atingiram seu preço mais baixo desde agosto nesta quinta-feira com uma perspectiva climática mais favorável para a safra nos Estados Unidos, após previsões de que o El Niño pode chegar no verão.
“Existe uma crença de que La Niña está morrendo e que nossas condições de crescimento no Centro-Oeste podem estar sob condições do El Niño favoráveis ao crescimento”, disse à Reuters, Don Roose, da US Commodities.
A publicação ainda destaca que, a queda nos preços foi agravada depois que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou uma oferta doméstica maior do que o esperado na quarta-feira.
“É uma espécie de ressaca de ontem. Tecnicamente, tivemos algumas vendas e isso continua até hoje”, acrescentou Roose.
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