Exportações fracas nos EUA pressionam futuros do milho em Chicago nesta 5ªfeira
A quinta-feira (02) chega ao final com os preços futuros do milho se movimentando no campo misto da Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 85,91 e R$ 87,23.
O vencimento março/23 foi cotado à R$ 87,18 com alta de 0,28%, o maio/23 valeu R$ 87,23 com estabilidade, o julho/23 foi negociado por R$ 86,55 com queda de 0,17% e o setembro/23 teve valor de R$ 85,91 com perda de 0,45%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a colheita do milho em estados como Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul acaba pesando sob os preços do cereal no Brasil.
“Começou a entrar a safra efetivamente, então o mercado fica um pouco mais acomodado. É colheita, tem que entregar e o problema do milho também é a armazenagem e ter lugar para colocar todo esse milho. Assim o milho acaba indo direto para a indústria”, diz Brandalizze.
Na avaliação da Agrinvest, o risco de surto de gripe aviária também pressionou os preços do milho na B3.
Já no mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve uma quinta-feira de elevações. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não encontrou desvalorizações em nenhuma das praças, mas identificou valorizações em Ubiratã/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Eldorado/MS e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “com o atraso na colheita da primeira safra de grãos, os produtores concentram suas atenções aos trabalhos no campo e os negócios acontecem de maneira pontual, o que mantém o milho no patamar dos R$ 86,00/sc em Campinas/SP”.
A SAFRAS & Mercado destaca que, o mercado brasileiro de milho teve uma quinta-feira de comercialização travada. “A oferta no âmbito doméstico teve uma melhora, mas os negócios devem seguir com lentidão”.
Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, o mercado esteve travado, com indústrias tentando derrubar preços no Sul e Sudeste. “Aparentemente o mercado está um pouco melhor de oferta, mas ainda lento nos negócios”, comenta.
Mercado Externo
Já na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços internacionais do milho futuro até começaram o dia em alta, mas perderam força e finalizaram a quinta-feira com mais perdas do que ganhos.
O vencimento março/23 foi cotado à US$ 6,37 com desvalorização de 2,75 pontos, o maio/23 valeu US$ 6,33 com queda de 2,00 pontos, o julho/23 foi negociado por US$ 6,24 com baixa de 1,75 pontos e o setembro/23 teve valor de US$ 5,83 com alta de 1,00 ponto.
Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última quarta-feira (01), de 0,47% para o março/23, de 0,31% para o maio/23 e de 0,16% para o julho/23, além de elevação de 0,17% para o setembro/23.
Segundo informações do site internacional Barchart, os fracos números de exportação do milho dos Estados Unidos pressionaram as cotações em Chicago e tiraram os ganhos que o cereal registrava em boa parte do dia.
A publicação ressalta que, os pedidos de exportação de milho foram mostrados em 598 mil toneladas para a semana que terminou em 23 de fevereiro. “Isso ficou no limite inferior do intervalo esperado e caiu 27% em relação a semana passada”.
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