Milho recua em Chicago nesta 3ªfeira e acumula até 7,3% de desvalorização ao longo de fevereiro
A terça-feira (28) chega ao final com os preços futuros do milho registrando leves altas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 86,75 e R$ 87,64.
O vencimento março/23 foi cotado à R$ 87,29 com elevação de 0,10%, o maio/23 valia R$ 87,64 com ganho de 0,03%, o julho/23 foi negociado por R$ 87,05 com valorização de 0,14% e o setembro/23 teve valor de R$ 86,75 com queda de 0,09%.
Na comparação mensal, os contratos do cereal brasileiro acumularam perdas de 1,82% para o março/23 e de 1,89% para o maio/23, além de altas de 0,06% para o julho/23 e de 0,06% para o setembro/23 ao longo de fevereiro em relação ao fechamento do dia 31 de janeiro.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o milho brasileiro recebeu suporte da pressão de compra com Irã e China ajudando a elevar os prêmios para a faixa de US$ 1,00.
“É onde tem mais pressão de compra neste momento. O pessoal está querendo o milho brasileiro e isso ajuda o mercado a não cair tanto a B3”, afirma Brandalizze.
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No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho se movimentou pouco neste último dia do mês. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorização apenas em Castro/PR e percebeu desvalorizações somente nas praças de Ubiratã/PR e Pato Branco/PR.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “compradores atentos ao calendário da 2a safra e demanda pós-feriado trouxe elevação para os níveis de R$ 86,50/sc no mercado físico de Campinas/SP”.
A SAFRAS & Mercado relatou que o mercado brasileiro de milho teve uma terça-feira de fraca movimentação nos negócios. “No cenário doméstico, os produtores voltam suas atenções à colheita e à comercialização da soja, quadro que reduz a oferta do milho de forma geral”.
O consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, destaca que a semana começou com fraca movimentação de todos os lados no mercado. “Há pouca oferta de forma geral, com todos focados na soja”.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou a terça-feira com os preços internacionais do milho futuro contabilizando novas movimentações negativas e acumulando grandes perdas mensais.
O vencimento março/23 foi cotado à US$ 6,29 com desvalorização de 13,25 pontos, o maio/23 valeu US$ 6,30 com queda de 13,25 pontos, o julho/23 foi negociado por US$ 6,22 com baixa de 11,50 pontos e o setembro/23 teve valor de US$ 5,82 com perda de 7,50 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última segunda-feira (27), de 2,02% para o março/23, de 2,02% para o maio/23, de 1,74% para o julho/23 e de 1,36% para o setembro/23.
Na comparação semanal, os contratos do cereal norte-americano acumularam desvalorizações de 7,36% para o março/23, de 6,94% para o maio/23, de 6,47% para o julho/23 e de 3,80% para o setembro/23 ao longo de fevereiro em relação ao fechamento do dia 31 de janeiro.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho dos Estados Unidos caíram nesta terça-feira, assim como os de soja e trigo, em uma rodada de liquidação de fundos de investimento no final do mês.
Traders ouvidos pela Agência, destacaram que os contratos de milho já caíram acentuadamente desde o início de 2023.
“A liquidação começou e os grãos estão tentando alcançar os grãos para alimentação animal”, disse à Reuters, Mike Zuzolo, presidente da Global Commodities Analytics.
Olhando para a frente, o analista da Farm Futures, Josh Green, aponta que, se a previsão de plantio, produção e estoques do Outlook Fórum do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) se concretizarem, os estoques finais de milho rivalizarão com os da temporada 2019, quando os preços em Chicago lutaram para quebrar a marca de US$ 4,00 por bushel.
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