B3 se beneficia de fundamentos positivos internacionalmente e milho sobe nesta 2ªfeira
A segunda-feira (13) chega ao final com os preços futuros do milho se movimentando em campo misto na Bolsa Brasileira (B3), mas com as primeiras cotações subindo neste primeiro dia da semana.
O vencimento março/23 foi cotado à R$ 89,40 com ganho de 0,46%, o maio/23 valeu R$ 90,95 com elevação de 0,72%, o julho/23 foi negociado por R$ 88,58 com queda de 0,02% e o setembro/23 teve valor de R$ 88,20 com perda de 0,45%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, os fundamentos para o milho são positivos para este ano. “Tem menos milho do que o mundo está consumindo e a guerra é um fator importantíssimo porque a Ucrânia é grande exportadora e ainda recebe apoio do trigo daquela região”, explica.
O analista destaca que as cotações do mercado interno e da B3 melhoraram dos R$ 86,00 a R$ 89,00 para R$ 89,00 e R$ 90,00, com mercado bom para o produtor. “Quando se confirmar que vamos plantar recorde histórico de safrinha esse fator perde um pouco do folego e dá uma tranquilidade para o consumo”.
Em apenas 8 dias úteis, o mês de fevereiro de 2023 já contabilizou mais exportações de milho do que todo o período de fevereiro de 2022. De acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil exportou 1.265.996,9 toneladas de milho não moído (exceto milho doce).
Sendo assim, o volume acumulado nos 8 primeiros dias úteis do mês já representa 64,75% mais do que o total de 768.396,6 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de fevereiro de 2022.
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No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho se movimentou pouco neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorização apenas em Rio do Sul/SC e identificou valorização somente em Cândido Mota/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultaria, “com os negócios ocorrendo de maneira pontual, o milho encerrou a semana sendo comercializado na média de R$ 86,00/sc no mercado físico de Campinas/SP”.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, os valores do milho seguem firmes na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea.
“Esse cenário é registrado mesmo diante de dados oficiais apontando safra 2022/23 recorde no Brasil. Na semana passada, a Conab e o USDA reajustaram as produções nacionais e mundiais de milho, mas ainda as manteve elevadas. Com a semeadura atrasada no Brasil e a possibilidade de atraso na janela ideal para a cultura, novos ajustes ainda podem ser realizados”.
Por enquanto, a Conab indica produção nacional de 123 milhões de toneladas, e o USDA, de 125 milhões, respectivas altas de 9% e de 8% em relação à temporada anterior. A produção mundial é estimada em 1,15 bilhão de toneladas pelo USDA, 5% inferior à da temporada anterior.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) ganhou força ao longo da segunda-feira e encerrou as atividades com os preços internacionais do milho futuro contabilizando movimentações positivas.
O vencimento março/23 foi cotado à US$ 6,85 com valorização de 4,50 pontos, o maio/23 valeu US$ 6,82 com alta de 4,00 pontos, o julho/23 foi negociado por US$ 6,69 com elevação de 2,75 pontos e o setembro/23 teve valor de US$ 6,11 com ganho de 1,75pontos.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (10), de 0,74% para o março/23, de 0,59% para o maio/23, de 0,45% para o julho/23 e de 0,16% para o setembro/23.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho superaram perdas modestas durante a noite, registrando ganhos modestos na segunda-feira, após uma rodada de compras técnicas.
O analista da Farm Futures, BenPotter destaca ainda que, as inspeções de exportação de milho tiveram uma tendência ligeiramente maior semana após semana, atingindo 20,1 milhões de bushels. “Isso estava perto do meio das estimativas comerciais, que variaram entre 14,2 milhões e 31,5 milhões de bushels”, ressalta.
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