Futuros do milho acumulam queda de 5,5% ao longo de janeiro na B3

Publicado em 31/01/2023 17:08 e atualizado em 31/01/2023 17:50
Primeiro mês de 2022 também foi negativo para as cotações em Chicago

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A terça-feira (31) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações próximas da estabilidade e no campo misto da Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 86,70 e R$ 89,33. 

O vencimento março/23 foi cotado à R$ 88,91 com queda de 0,02%, o maio/23 valeu R$ 89,33 com alta de 0,09%, o julho/23 foi negociado por R$ 87,00 com ganho de 0,23% e o setembro/23 teve valor de R$ 86,70 com elevação de 0,23%. 

Já no comparativo mensal, os contratos do cereal brasileiro acumularam desvalorizações de 5,52% para o março/23, de 4,32% para o maio/23, de 3,26% para o julho/23 e de 3,67% para o setembro/23. 

variação mensal do milho b3

Para a SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho teve uma terça-feira de poucos negócios. “Os compradores podem seguir retraídos, esperando uma maior alteração nos preços para retomar as aquisições do cereal. O atraso da colheita da soja nas principais regiões produtoras do país, fato que atrasa o plantio da safrinha, segue no radar dos investidores. O dólar, que opera em alta frente ao real, pode oferecer suporte aos preços durante o dia”. 

De acordo com o analista da Consultoria SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, as atenções estão voltadas para o clima. “Enquanto a colheita da safrinha avança no Rio Grande do Sul, nas demais regiões produtoras de milho, chove bastante, atrasando também a colheita da soja". 

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também flutuou pouco neste último dia de janeiro. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não encontrou nenhuma valorização e identificou desvalorização apenas na praça de Castro/PR. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira 

A análise diária da Agrifatto Consultoria destaca que, “a demanda pelo milho no mercado doméstico segue retraída, com grandes compradores aguardando a maior oferta ao decorrer da colheita da nova safra e o cereal é comercializado na média de R$ 85,00/sc em Campinas/SP”. 

Enquanto isso, o plantio do milho chegou à 5,97% no Mato Grosso e registra atros de 20,73 pontos percentuais com relação ao mesmo período da safra anterior. Já no Paraná, o plantio da segunda safra avançou para 3% do total previsto e a colheita da safra de verão contabilizou o primeiro 1%. 

Mercado Externo 

Já a Bolsa de Chicago (CBOT) começou o dia recuando, ganhou força ao longo da terça-feira e voltou a cair no fechamento do pregão para os preços internacionais do milho futuro. 

O vencimento março/23 foi cotado à US$ 6,79 com desvalorização de 4,00 pontos, o maio/23 valeu US$ 6,77 com perda de 3,75 pontos, o julho/23 foi negociado por US$ 6,65 com baixa de 2,25 pontos e o setembro/23 teve valor de US$ 6,05 com estabilidade. 

Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última segunda-feira (30), de 0,59% para o março/23, de 0,59% para o maio/23 e de 0,30% para o julho/23, além de estabilidade para o setembro/23. 

Já no comparativo mensal, os contratos do cereal norte-americano acumularam ganho de 0,15% para o março/23 e desvalorizações de 0,15% para o maio/23, de 0,89% para o julho/23 e de 3,51% para o setembro/23. 

variação mensal do milho cbot

Segundo informações da Agência Reuters, os contratos do milho futuro encontraram suporte nas previsões de seca na Argentina, que podem continuar a corroer os rendimentos no país, além do atraso na colheita da soja no Brasil que pode atrasar o plantio da segunda safra de milho. 

Por outro lado, as notícias macroeconômicas limitaram os ganhos, já que os investidores esperam que o Federal Reserve dos Estados Unidos aumente as taxas de juros em 25 pontos base na quarta-feira, enquanto o Banco da Inglaterra e o Banco Central Europeu devem aumentar as taxas na quinta-feira. 

A publicação ainda destaca que, o índice do dólar subiu, tornando as commodities americanas mais caras para os detentores de outras moedas. 

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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