Milho: de olho na Argentina, Chicago realiza lucros nesta 5ªfeira
A quinta-feira (19) chega ao final com os preços futuros do milho registrando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 87,55 e R$ 90,75.
O vencimento março/23 foi cotado à R$ 90,75 com queda de 0,91%, o maio/23 valeu R$ 90,01 com desvalorização de 0,94%, o julho/23 foi negociado por R$ 87,73 com perda de 0,69% e o setembro/23 teve valor de R$ 87,55 com baixa de 0,40%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as apostas da B3 e do mercado são de que os produtores vão plantar uma grande safrinha e ter um grande volume de milho para chegar no segundo semestre.
“O milho está valorizado e tem cotações interessantes, assim com as situações de trocas de milho por insumos também continuam favoráveis. É um ano bom para o milho, com indicativos todos acima dos R$ 90,00 para as indústrias de ração do Sul”, comenta Brandalizze.
A Agrifatto Consultoria acrescenta que este terceiro dia consecutivo de recuos para o milho na B3 se dá refletindo a volatilidade do câmbio e a queda dos preços em Chicago.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho se movimentou pouco neste penúltimo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorizações apenas em São Gabriel do Oeste/MS e Porto de Santos/SP. Já as valorizações apareceram somente em Brasília/DF e Castro/PR.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “o milho chega à metade da semana com leves recuos, negociado na casa dos R$86,00/sc em Campinas sinalizando mercado mais ofertado”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também finalizou a quinta-feira acumulando novas movimentações baixistas para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento março/23 foi cotado à US$ 6,77 com queda de 4,00 pontos, o maio/23 valeu US$ 6,74 com perda de 4,50 pontos, o julho/23 foi negociado por US$ 6,63 com desvalorização de 4,75 pontos e o setembro/23 teve valor de US$ 6,11 com baixa de 5,50 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última quarta-feira (18), de 0,59% para o março/23, de 0,74% para o maio/23, de 0,75% para o julho/23 e de 0,81% para o setembro/23.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho caíram nesta quinta-feira devido às perspectivas do clima argentino, com previsões de chuvas benéficas na Argentina, atingida pela seca, provocando uma rodada de vendas.
“As previsões concordam muito bem que teremos boas chuvas na Argentina que podem ajudar a estabilizar o potencial de produção em declínio naquele país”, disse à Reuters, Terry Linn, analista da Linn and Associates em Chicago.
A publicação ainda destaca que, os contratos futuros de milho e soja enfrentaram pressão adicional das vendas dos agricultores, já que os produtores dos Estados Unidos aproveitaram as altas de vários meses estabelecidas em ambos os mercados nesta semana.
Outro ponto ressaltado pela Reuters, foi que os novos temores de recessão após os dados do consumidor americano também restringiram os mercados de grãos, embora um dólar mais fraco tenha criado algum otimismo nas exportações.
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